Zé Felipe viveu nos últimos tempos uma das experiências mais angustiantes de sua vida. E dessa vez, não foi por conta da carreira ou da separação com Virgínia Fonseca. O que tirou o chão do cantor foi algo muito mais profundo e inexplicável: a filha Maria Alice, de forma natural e repetida, começou a afirmar que conversava com o “tio Leandro” — irmão de Leonardo, falecido há anos e que a menina jamais conheceu.

Zé Felipe Desesperado Procura FREI GILSON para Salvar Maria Alice? - YouTube

No início, Zé Felipe quis acreditar que era apenas coisa da imaginação fértil de uma criança. Mas à medida que os relatos aumentavam, com detalhes cada vez mais específicos e uma serenidade inquietante na voz da filha, a situação deixou de parecer brincadeira. Ele ficou sem chão.

“Papai, o tio Leandro me disse…”

Foi com essa frase simples que Maria Alice começou a provocar em Zé Felipe um medo que ele nunca tinha sentido. A menina falava com segurança, como se realmente tivesse mantido conversas com alguém que partiu há muitos anos. Não era algo vago ou fruto de um sonho — ela descrevia as conversas, as sensações, o tom de voz. Para um pai que já enfrentava o distanciamento da família após a separação com Virgínia, aquilo era simplesmente demais.

Sem saber o que fazer, e sentindo que estava perdendo o controle da situação, Zé Felipe fez o que muitos fariam em um momento de desespero: buscou ajuda. Mas não qualquer ajuda. Ele decidiu procurar Frei Gilson, conhecido por sua força espiritual e acolhimento em momentos de crise.

A influência do pai Leonardo e o chamado da fé

Leonardo, pai de Zé, sempre teve grande admiração por Frei Gilson. Costumava falar com respeito e carinho do religioso, das lives que acompanhava e do conforto espiritual que recebia. Essas memórias voltaram com força na mente de Zé Felipe e, num gesto quase instintivo, ele decidiu ir até o Frei.

Foi uma decisão solitária. Ele quis ir sozinho, como um ato de entrega, uma forma de mostrar que faria o que fosse necessário para proteger a filha. A viagem até Frei Gilson não foi apenas física, mas emocional. Cada quilômetro percorrido era também um mergulho nas memórias, na dor da perda de Leandro, e no medo do que sua filha estava vivendo — ou sentindo.

Um pai de joelhos, buscando respostas

Ao chegar diante de Frei Gilson, Zé Felipe não levou discursos prontos. Levou o coração nas mãos. Contou tudo: os relatos da filha, o medo crescente, a sensação de impotência. Disse que já não dormia em paz, que o medo havia virado um companheiro diário, e que não sabia mais o que fazer.

O que ele pediu ao Frei foi simples, mas carregado de desespero: oração. Pediu que Frei Gilson intercedesse por Maria Alice, que ela fosse protegida espiritualmente, que essa “presença” não causasse medo nem sofrimento à menina. Que ela fosse envolvida apenas por luz, por paz, por Deus.

Frei Gilson ouviu tudo com atenção, sem julgamento, sem pressa. E então fez o que sabe fazer melhor: orou.

Zé Felipe se assusta ao ver Maria Alice falando com tio Leandro, irmão de  Leonardo que morreu nos anos 90 - Estrelando

A oração que mudou tudo

Durante a oração, Zé Felipe se permitiu algo que não fazia há semanas: respirar fundo. Fechou os olhos e sentiu as palavras do Frei como um alívio, como se alguém estivesse tirando um fardo de dentro dele. Não havia espetáculo. Só fé. Só entrega.

Ele chorou. Mas não de tristeza. Chorou de alívio, de gratidão, de esperança. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu que não estava sozinho. Que havia algo — ou alguém — cuidando da sua filha por ele, quando ele não podia estar presente.

A presença do tio Leandro deixou de ser encarada apenas como algo assustador, e passou a ser tratada com delicadeza espiritual. Talvez um elo inexplicável, mas que agora estava sendo ressignificado através da fé.

O retorno transformado de um pai mais forte

Na volta, Zé Felipe não era o mesmo. Se antes o medo o guiava, agora era a fé. Entendeu que não precisa compreender tudo, mas que pode confiar, proteger, orar. Voltou decidido a ser mais presente emocionalmente para os filhos, mesmo com a separação. Maria Alice foi o gatilho dessa transformação. O susto inicial virou chamado para uma conexão mais profunda com o espiritual e com o amor paterno.

A partir desse episódio, Zé Felipe passou a valorizar ainda mais os momentos em família e a importância do cuidado espiritual. Não tenta mais afastar o que não entende, mas busca reforçar a proteção divina em todos os aspectos. A oração virou rotina, e a paz — mesmo que relativa — voltou a habitar o coração dele.

Uma história que nos lembra do essencial

Essa história comove porque revela algo que todos nós entendemos: o medo de perder, a impotência diante do inexplicável, e a força do amor de um pai que faz qualquer coisa pelo bem dos filhos. Não importa o quão famoso alguém seja — no fim, somos todos vulneráveis quando se trata de proteger quem amamos.

Zé Felipe mostrou coragem ao se expor, ao buscar ajuda, ao se ajoelhar pela filha. Não há fraqueza nisso. Pelo contrário, há grandeza. Porque quando o medo bate à porta, a fé pode ser a única luz no fim do túnel.

E talvez essa seja a maior lição: mesmo diante do inexplicável, nunca estamos sozinhos — e sempre podemos escolher acreditar.