Às vezes, a generosidade fala mais alto que o bom senso. Foi exatamente isso que aconteceu com César Menotti, o famoso cantor sertanejo, que compartilhou uma história pra lá de inusitada sobre um presente dado de coração — mas com o bolso ainda pagando por ele.

Tudo começou em uma conversa descontraída, quando o cantor revelou uma mania antiga: ele costumava elogiar algo que alguém usava e, sem muita cerimônia, acabava ganhando o item. “Eu olhava pra pessoa e dizia ‘isso é legal, hein’, e a pessoa entendia o recado”, confessou rindo. Hoje em dia, segundo ele, as pessoas fazem isso pelas redes sociais, marcando o famoso “arroba” e esperando que algo chegue. “Mas eu fazia pessoalmente mesmo”, brincou.

A fama de “pidão”, no entanto, ele garante que é injusta — e culpa Gustavo Lima por espalhá-la. Segundo César, foi o Embaixador quem plantou essa imagem em uma live para mais de um milhão de pessoas, deixando o Menotti com a fama de estar sempre pedindo presente. “O Gustavo nunca me deu nada, pelo contrário, fui eu que já dei presente pra ele”, defendeu-se.

E foi aí que surgiu a história que pegou todo mundo de surpresa.

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Segundo César, depois que começou a ganhar bastante dinheiro com sua carreira, resolveu realizar um sonho: comprar um relógio Rolex de ouro. “Fui em Las Vegas, paguei 26 mil dólares. Estava empolgado, o dólar ainda estava mais em conta, e resolvi me dar esse presente.”

Mas o que deveria ser um símbolo de conquista virou, logo depois, um presente espontâneo — e um pequeno arrependimento.

Em um jogo beneficente de futebol, César teve a oportunidade de jogar ao lado de Neymar. E o craque, segundo ele, foi extremamente generoso: passava a bola, armava jogadas, tentava de todas as formas fazer com que o cantor marcasse um gol. “Foram umas 20 tentativas e eu nada. Fiquei tão emocionado que peguei o meu Rolex e dei pra ele”, contou.

A emoção foi maior que a lógica. Ele entregou o relógio como forma de agradecimento e admiração por Neymar. Só que, minutos depois, veio o baque: “Eu lembrei que tinha parcelado em 24 vezes no cartão!”.

A risada veio acompanhada de um pequeno arrependimento cômico. “Fiquei pensando: será que ele nem viu o relógio? Será que achou que era qualquer coisa e passou pro segurança sem nem olhar direito?”

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Mesmo com a dúvida pairando, César fez questão de destacar: “Talvez eu tenha doado mais do que recebi. Porque naquele momento, o que ele fez por mim, a forma como foi generoso no jogo, foi maior que qualquer valor.”

Ao ser questionado sobre se essa fama de pidão atrapalha, ele apenas deu risada. Disse que o problema foi a piada ao vivo do Gustavo Lima, mas admite que é, sim, um cara “desenrolado”. “Às vezes, só de elogiar, eu já consegui umas coisas… Não é pedir, é jeito!”, brincou.

O episódio virou uma dessas histórias que misturam humor, sinceridade e aquele tipo de lição de vida que ninguém ensina, mas todo mundo entende: às vezes, no impulso da gratidão, damos mais do que podemos — e tudo bem. O que importa é a intenção com que se dá.

César Menotti, no fim das contas, continua sendo ele mesmo: alguém que prefere ser lembrado por gestos espontâneos do que por etiquetas injustas. E, sim, segue pagando o relógio parcelado com um sorriso no rosto.