A noite na mansão de Zé Felipe tinha tudo para ser apenas mais um reencontro carinhoso entre pai e filhos. Depois de alguns dias em São Paulo com Virgínia, as crianças retornavam cheias de histórias, risos e aquela energia que só a infância é capaz de carregar. Para esse momento, Zé fez o que um pai cheio de saudade naturalmente faria: preparou tudo com zelo, criou um ambiente acolhedor e fez questão de deixar a casa com o cheiro delicioso das pizzas favoritas das crianças.
Ele queria mais do que uma noite divertida. Queria que seus filhos sentissem que, apesar das mudanças, eles tinham um porto seguro ali. A separação entre ele e Virgínia teve impacto sobre toda a dinâmica familiar, e Zé sabia que estava aprendendo, dia após dia, a construir novas formas de afeto nesse caminho delicado. Por isso, exagerou nos detalhes. Queria que Maria Alice, Maria Flor e José Leonardo se sentissem plenamente à vontade.
Quando eles chegaram, a casa se encheu de vida. O riso ecoava pela sala, a conversa infantil atravessava todos os cômodos e Zé sentiu seu peito finalmente relaxar. A alegria das crianças parecia devolver algo precioso que ele nem sabia que estava faltando. No meio do burburinho, Maria Alice se destacava — falante, imaginativa, cheia de pequenas histórias inventadas na hora. Era exatamente essa espontaneidade que Zé mais amava nela.
Mas entre os movimentos naturais da noite, um detalhe chamou a atenção dele. Aos poucos, Maria Alice se afastou do grupo, posicionando-se em um canto da sala. Parecia concentrada em algo que só ela enxergava. Movia as mãos como se estivesse explicando alguma coisa. Zé, acostumado com as muitas narrativas que ela inventava, aproximou-se achando que era mais uma brincadeira. Até que percebeu que ela não estava cantando, nem narrando. Estava… respondendo.

Um calafrio o percorreu antes mesmo de ouvir o que viria a seguir. A postura dela não era de invenção. Era de conversa.
Ainda tentando manter a leveza, Zé perguntou o que ela estava cantando. E então veio a frase que mudou completamente o tom da noite:
“Não tô cantando, papai. Tô conversando com o tio Leandro.”
O mundo pareceu parar. Zé congelou. Era um nome que carregava história, dor, saudade — e ausência. Leandro, irmão de Leonardo, tio querido, era alguém cuja memória ainda vivia de forma sensível dentro da família. E ouvir o nome dele saindo da boca de uma criança que nunca o conheceu pessoalmente foi como abrir uma porta que Zé não sabia se estava pronto para atravessar.
Maria Alice, no entanto, permaneceu serena. Sorriu como se estivesse compartilhando algo simples, cotidiano. Na cabecinha dela, aquilo não carregava peso algum. Era apenas verdade. Foi isso que mais desarmou Zé.
Ele tentou seguir a noite como se nada tivesse acontecido. Serviu mais pizza, brincou com os filhos, respondeu perguntas. Mas por dentro, o coração estava sendo puxado para lugares que ele mantinha cuidadosamente recolhidos há anos. Memórias, saudade, a dor silenciosa que sempre rodeou a família desde a partida de Leandro — tudo voltou com uma força inesperada.
E quanto mais tentava racionalizar, mais a naturalidade de Maria Alice o atravessava. Ela não falava como quem inventa uma história. Falava como quem relata algo que viveu.
Horas depois, quando a agitação infantil se transformou em um silêncio mais calmo, Zé tomou coragem e se aproximou da filha novamente. Chamou-a com cuidado, com a voz tremendo por dentro. Perguntou, com toda a delicadeza que conseguiu reunir, o que exatamente o tio Leandro tinha dito.
Maria Alice respondeu com uma pureza que fez o ar da sala pesar e aliviar ao mesmo tempo. Contou que o tio estava feliz, que gostava de ver todos bem, que sentia uma saudade boa. E acrescentou algo que fez o coração de Zé bater diferente: disse que Leandro pediu para avisar que o “vovô Léo ia ficar bem”, que não precisava ter medo.
Era impossível ignorar a profundidade daquelas palavras.

Zé conhecia detalhes daquela dor familiar que Maria Alice nunca presenciou. Sabia dos silêncios que marcaram a ausência do tio. E ouvir tudo isso através da voz inocente da filha trouxe uma mistura de cura e impacto que ele jamais imaginou sentir naquela noite.
Sem controlar a emoção, ele abraçou Maria Alice. Naquele gesto, havia gratidão, saudade, alívio e uma sensação profunda de que algumas conexões simplesmente não se rompem — nem com o tempo, nem com a ausência, nem com a morte.
Zé entendeu, ali, que o amor não desaparece. Ele muda de forma, encontra novos caminhos, atravessa gerações e às vezes se manifesta na inocência de uma criança que carrega uma sensibilidade que ninguém ensinou.
Aquela noite, que começou com pizza e brincadeiras, se transformou em um dos momentos mais significativos da vida dele. Uma lembrança que ficará guardada, não pela estranheza, mas pela profundidade do amor que transbordou ali. No fim, o que ficou foi a certeza de que Leandro, de alguma maneira, continua presente — não apenas na memória, mas no carinho que segue vivo na família.
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