Nem a chuva no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, foi capaz de apagar o brilho do casamento que parou os corações — e as redes sociais — na última sexta-feira. A atriz Léa e o ator Ricardo Viana disseram “sim” diante de familiares, amigos e de uma atmosfera carregada de emoção, memória e esperança. Um casamento que não foi apenas bonito: foi simbólico, verdadeiro e profundamente comovente.

A cerimônia, realizada em uma charmosa casa de festas cercada pela natureza exuberante da Mata Atlântica, foi marcada por lágrimas, sorrisos e homenagens que tocaram até os mais duros. A beleza do local, com um altar montado em frente a uma cachoeira, flores brancas, lustres de cristal e um vestido de noiva deslumbrante — assinado pelo estilista Israel Valentim — deram o tom clássico e elegante ao evento. Mas o que fez esse casamento virar assunto em todo o país foi algo muito além da estética.

Léa e Ricardo compartilharam um amor que nasceu de forma inesperada — durante uma viagem a Fernando de Noronha. Foi ali, atrás da mesa de som de um DJ, que deram o primeiro beijo. Desde então, nunca mais se desgrudaram. A viagem, que começou entre amigos, foi o ponto de partida para uma história que uniria dois corações que, embora separados por caminhos diferentes, tinham algo em comum: o recomeço após a dor.

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Durante os votos, o casal relembrou a trajetória até ali. Ricardo se emocionou ao ver a filha, Cecília, entrando com as alianças. E foi justamente nesse momento que o ar se transformou. A pequena entrou segurando balões com o nome de Sofia, filha do casal que faleceu — uma perda devastadora que marcou profundamente a vida de ambos. Ao final da entrada, os balões foram soltos. Subiram devagar, num céu cinzento, levando com eles uma mensagem silenciosa de amor eterno. A comoção foi geral. Madrinhas, padrinhos, convidados… todos choraram. E quem assistia de casa também não ficou imune.

Tati Machado, uma das madrinhas e amiga próxima de Léa, relatou emocionada: “Chorei do começo ao fim. Não trouxe nada para retocar a maquiagem além de um batom. Foi tudo muito emocionante. Estar aqui com a família, com os amigos, depois de tudo o que vivemos… É indescritível.” A apresentadora, que também enfrentou recentemente uma perda, compartilhou como o luto acabou unindo ainda mais sua amizade com Léa. “Quando a gente passa por uma dor imensa, a gente reconhece no outro a força que ainda não sabe que tem”, disse ela.

Mas nem só de emoção viveu o casamento. A festa, que seguiu após a cerimônia, teve um clima de celebração e leveza. Madrinhas usando o tom azul “Serenity” — uma cor que simboliza paz e serenidade —, convidados ilustres e muitas histórias cruzadas. Marcelo Melo, ator e padrinho do casal, contou com orgulho que foi o “cupido” da relação. Ele e Ricardo viajaram juntos para Noronha, e lá, junto com Bruna Griphao (também madrinha e amiga de longa data de Léa), incentivaram o início do romance. “Dois solteiros em Noronha. Meu amigo voltou casado. Esse amor era para acontecer”, brincou Marcelo.

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Bruna, por sua vez, admitiu se sentir “muito responsável” pelo casamento: “Eu apresentei os dois e hoje estou aqui vendo esse amor florescer. É muito emocionante.” Ela também brincou que estava na disputa pelo buquê, dividindo a atenção com a repórter Monique Arruda, que cobria o evento e também estava pronta para entrar na brincadeira — ou no tapa — pelo tão sonhado sinal de sorte.

Outro destaque da festa foi a decoração impecável, feita com esmero e escolhida pessoalmente por Léa. Lustres imensos de cristal, flores brancas por todo o caminho e uma iluminação suave criaram um ambiente de conto de fadas. A mãe da noiva fez questão de pedir que Monique deixasse o microfone de lado e curtisse a festa. “Sem microfone, só amor”, disse ela.

A festa contou com DJ, surpresas preparadas pelo casal e uma energia contagiante. Mesmo com a garoa fina que caía sobre o Alto da Boa Vista, o calor humano dentro do espaço era suficiente para aquecer todos os corações presentes.

Mais do que uma celebração de casamento, o que o público presenciou — seja ao vivo ou pelas redes sociais — foi a consagração de um amor resiliente. Um amor que começou despretensiosamente, enfrentou a maior dor que um casal pode viver e ainda assim encontrou forças para florescer. Um amor que homenageia quem partiu, sem esquecer de viver quem ficou.

Léa e Ricardo não disseram apenas “sim” um ao outro. Disseram sim à vida, ao amor, à memória e ao recomeço. E nos lembraram que, mesmo quando tudo parece ter desmoronado, é possível construir algo lindo — de novo.