A internet ferveu com a publicação recente de Nei Pai, pai de Neymar, que decidiu repostar um carrossel emocionado de uma página fã do filho, defendendo-o das constantes críticas que recebe no Brasil. Em um momento em que Neymar mais uma vez se vê no centro de polêmicas envolvendo traições e sua vida pessoal conturbada, a defesa apaixonada do pai não só causou estranheza como também levantou um debate necessário: até onde vai a proteção e quando ela vira hipocrisia?
O carrossel compartilhado exaltava as boas ações de Neymar: doações para o Rio Grande do Sul, a realização do sonho de uma criança com câncer, o amor pela Seleção Brasileira mesmo com críticas, a criação de um instituto social e o fato de ser o maior artilheiro da história da seleção. Tudo isso com a pergunta inicial: “Seu ídolo é aquele que trai?” — seguida de um firme “Não”.
Nei Pai tenta pintar um retrato do filho como um herói incompreendido, perseguido injustamente pela opinião pública brasileira. O texto busca reforçar a imagem do Neymar solidário, patriota e dedicado, enquanto ignora completamente os escândalos pessoais que têm afetado a imagem pública do jogador. A estratégia? Lembrar tudo de bom que ele já fez para tentar abafar o barulho do que ele vem fazendo de errado.
Mas será que funciona?
A resposta de boa parte do público foi clara: não. A tentativa de transformar Neymar em vítima da sociedade soou forçada e, pior, hipócrita. Especialmente porque quem vem em sua defesa é justamente o pai — figura também envolvida em polêmicas, com fama parecida em relação à fidelidade e postura pessoal. Quando a defesa vem de alguém que compartilha os mesmos erros, ela perde força. O discurso de “meu filho é um incompreendido” vira quase uma encenação — e das mal feitas.
O problema maior nem é tentar defender o filho. É defender da forma errada. Porque uma coisa é proteger, outra é passar pano. Neymar realmente já fez muitas coisas boas, tanto dentro quanto fora de campo. É um craque, um ídolo, um atleta com impacto mundial. Seu Instituto Neymar Jr. muda vidas, oferece educação, lazer e oportunidade para milhares de famílias. Tudo isso é real e merece reconhecimento. Mas nenhuma dessas boas ações apaga os erros da vida pessoal.
E é aí que mora o erro de Nei Pai. Ele tenta usar as qualidades do filho como justificativa para ignorar os defeitos. Como se um título olímpico apagasse uma traição. Como se uma doação aliviasse a dor de uma mulher traída. Como se um gol cancelasse um escândalo. E não é assim que funciona. Não dá pra fingir que os vídeos, prints e depoimentos que expuseram Neymar em diversas ocasiões são invenção da mídia ou “inveja” do público.
Mais grave ainda é o padrão repetido: Nei Pai só aparece publicamente quando o filho se envolve em novas polêmicas. Quando Neymar joga bem, marca gols e está em alta, o pai some. Mas basta explodir mais uma crise — principalmente envolvendo mulheres — que ele surge como escudo humano, como se a função de pai fosse proteger a imagem pública a qualquer custo, e não orientar ou puxar a orelha quando necessário.
O público não é mais ingênuo. Já entendeu o jogo. E a internet tem memória: há provas, registros, testemunhos. O que falta é responsabilidade emocional por parte daqueles que cercam Neymar. Ao invés de permitir que ele amadureça, eles tentam blindá-lo. Mas o excesso de proteção não ajuda. Pelo contrário: prejudica. Porque impede o crescimento.
O Neymar que o Brasil admira é o craque. O jogador que encantou o mundo, que fez história em Barcelona, que carrega uma geração de torcedores apaixonados. Mas o Neymar como figura pública, como homem, ainda precisa amadurecer — e muito. E esse amadurecimento não vai acontecer enquanto ele tiver sempre alguém para limpar sua barra em público sem exigir nada em troca em privado.
O discurso de que o “Brasil odeia seus ídolos” também precisa ser revisto. O Brasil ama seus ídolos, mas cobra — e com razão. Porque ser ídolo não é só brilhar em campo. É também ter postura fora dele. Neymar cresceu cercado de pessoas que só diziam “sim”, que o colocavam num pedestal intocável. O pai, em vez de ser o contraponto, virou mais um fã cego.
Se Ney Pai quer ajudar de verdade, a melhor atitude não é compartilhar textos emocionados na internet. É sentar com o filho, olho no olho, e dizer o que ele precisa ouvir — não o que ele quer. Porque ser pai é isso. É ter coragem de corrigir, mesmo que doa. Porque proteger demais também é uma forma de negligência. E ela cobra caro.
No fim das contas, o problema não é o Neymar errar. Todos erram. O problema é ninguém ao redor dele ensinar que é preciso aprender com os erros. O Neymar jogador continua gigante. Mas o Neymar homem ainda está em construção — e isso só vai mudar no dia em que, em vez de ser defendido por quem comete os mesmos erros, ele for confrontado com a verdade por quem realmente se importa.
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