Em meio aos holofotes, flashes e passarelas da prestigiada grife Monde Pars, um momento inesperado roubou a atenção de todos nesta terça-feira. Não foi um look ousado, nem uma celebridade causando no tapete vermelho — mas sim Bruna Marquezine, 29 anos, com uma fala que pegou todos de surpresa e mexeu com as redes sociais.

Recém-solteira e cada vez mais segura de si, Bruna deixou claro que está vivendo uma nova fase — mais livre, mais consciente, e talvez mais distante das pressões sociais que envolvem o tal do “amor romântico”. Durante uma entrevista concedida à revista Glamour nos bastidores do evento, ela fez uma declaração que, ao mesmo tempo em que parece simples, carrega um peso enorme em tempos em que mulheres ainda são cobradas por não estarem em um relacionamento.

“Não que eu tenha desistido do amor romântico, de um parceiro, de um relacionamento — não achem isso. Mas eu sinto que meu grande amor são meus amigos e meu trabalho. Ninguém compete com eles”, disparou a atriz, com brilho nos olhos e tom sereno.

A fala, aparentemente leve, levantou um debate profundo: será que finalmente estamos vendo uma mulher famosa — com voz, audiência e independência — assumir publicamente que não precisa de um relacionamento para se sentir completa?

Neymar Jr with his girlfriend Bruna Marquezine And Neymar, Neymar ...

Bruna não citou nomes, tampouco alfinetou diretamente antigos parceiros. No entanto, muitos interpretaram suas palavras como uma possível resposta indireta aos relacionamentos passados, incluindo o mais notório deles com Neymar. Desde o fim conturbado entre os dois, a atriz manteve-se discreta em relação à vida amorosa, priorizando projetos profissionais e fortalecendo amizades.

Durante o desfile, Bruna também exaltou uma dessas amizades mais antigas: Sasha Meneghel, sua amiga de infância e uma das modelos da noite. “Sou uma pessoa afortunada por conta das minhas amizades. Trago comigo amigas da época da escola, até de antes, e vejo o quanto é raro manter vínculos sólidos nesse mundo tão instável”, declarou.

No fundo, a fala de Marquezine é um verdadeiro manifesto. Um lembrete de que amor não se resume apenas a casais. Que é possível amar a vida, os amigos, a carreira — e ainda assim ser plenamente feliz. Num mundo onde as redes sociais vendem a ideia de que o ápice da realização é encontrar “a tampa da panela”, a atriz oferece uma visão diferente: talvez o amor verdadeiro seja aquele que nos mantém de pé, mesmo quando tudo ao redor parece desabar.

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A repercussão foi imediata. Comentários como “Bruna é a voz de muitas mulheres”, “Finalmente alguém falou o que a gente sente” e “Amizade e carreira também são formas de amor” tomaram conta das redes. Claro, também houve quem criticasse, dizendo que a atriz estaria “amargurada” ou “desiludida”, mas esses foram logo abafados por uma onda de apoio de quem entendeu a mensagem por trás da fala.

O que Bruna faz é abrir espaço para uma conversa que ainda incomoda muita gente: por que uma mulher bem-sucedida, bonita e famosa ainda precisa estar em um relacionamento para ser validada? E por que, quando escolhe priorizar outras áreas da vida, isso é visto como desistência ou derrota?

Ao invés de se fechar para o amor, ela apenas está se abrindo para outros tipos dele — mais duradouros, menos dependentes, mais verdadeiros. Em tempos em que a independência feminina ainda incomoda, Bruna Marquezine segue firme, elegante e cada vez mais dona da própria história.

A pergunta que fica é: estamos prontos para enxergar o amor além dos moldes tradicionais? Ou ainda vamos insistir que uma mulher só é completa quando está com alguém ao lado?