A despedida de Preta Gil comoveu o país — e ninguém melhor do que Carolina Dieckmann, amiga íntima da cantora, para revelar a profundidade emocional dos últimos dias vividos ao lado dela. Em um relato sincero e emocionante, Carolina abriu o coração e compartilhou detalhes dos momentos finais que viveu com Preta, em meio ao agravamento do quadro de saúde da artista, já fragilizada pelo tratamento contra o câncer.

O que Carolina presenciou e transmitiu ao público foi mais do que uma despedida: foi uma verdadeira celebração do afeto, da amizade e do cuidado em seu estado mais puro. Ela relembra com a voz embargada como os quatro dias finais foram tomados por uma presença intensa, um amor coletivo que fez de cada segundo ao lado de Preta uma oportunidade de dizer “você não está sozinha”.

Segundo Carolina, quando ela chegou, a situação já havia mudado drasticamente. O tratamento não causava dor, e Preta estava medicada e tranquila fisicamente, mas muito frágil. Foi então que amigos e familiares decidiram que estariam ali, até o fim, garantindo que cada instante fosse leve, digno e cercado de carinho.

“Eu passei os últimos dias fazendo carinho nela, dizendo que a amava, dizendo que a Sol, o Francisco, a Flora, todos estavam ali. Ela foi amada profundamente”, contou a atriz, com emoção evidente nas palavras.

Esse amor, segundo ela, vinha de todos os lados. Além da família Gil, que se manteve firme ao lado da cantora, amigos de toda a vida se aproximaram. Estavam ali por afeto genuíno, não por obrigação. Estavam ali porque Preta sempre foi isso: um elo de amor, uma fonte de acolhimento, uma mulher com brilho próprio e uma rede de afeto enorme ao redor.

“A Preta era impossível de ser indiferente. Ela tinha um magnetismo, um jeito de tocar todo mundo que a conhecia. A presença dela mexia com as pessoas”, contou Carolina.

Carolina Dieckmann se emociona e fala sobre despedida de Preta Gil: 'Passei  os últimos dias fazendo carinho nela'

A atriz também relembrou o histórico de abandono que Preta sofreu em um momento difícil, durante seu antigo casamento, quando enfrentava a dor da doença sem o apoio que deveria ter. Mas, como ela mesma destacou, a história tomou um rumo completamente diferente dessa vez. Preta não foi abandonada. Foi abraçada, acolhida, cuidada.

O que se viu foi uma corrente de amor que se formou ao redor dela. Médicos, amigos, filhos, netos, todos dando o máximo de si. E Carolina foi testemunha direta desse cenário comovente. “Ela não sentiu dor. Estava cercada de muito, muito, muito amor”, repetiu várias vezes, como se precisasse reforçar que, mesmo em meio à tristeza, houve beleza na maneira como a partida aconteceu.

Nos relatos de Carolina, fica claro que os últimos momentos não foram marcados apenas pelo lamento da perda. Foram preenchidos por uma celebração silenciosa de tudo que Preta construiu em vida: laços, memórias, companheirismo, leveza e conexão verdadeira.

“Ela tinha uma família de amigos muito forte. E esse também é o legado dela. Não era só sobre os laços de sangue. Era sobre como ela cultivava amor por onde passava”, disse.

E é justamente isso que mais tocou quem acompanhou sua trajetória de perto. Preta Gil ensinou com sua vida — e também com sua despedida — que ninguém precisa enfrentar a dor sozinha. Que mesmo nas horas mais difíceis, é possível cercar alguém de ternura e garantir dignidade até o último instante.

Ao ouvir Carolina Dieckmann falar, é impossível não se emocionar. Suas palavras, mais do que um relato, são uma homenagem viva a quem Preta foi. “Ela foi muito especial. Muito. A sensação é que ela está o tempo todo emanando amor. Ela foi cercada de presença, de carinho e nunca ficou sozinha. Fizemos questão de repetir isso para ela o tempo todo.”

O que Carolina e tantos outros fizeram por Preta nos últimos quatro dias é a prova de que o amor coletivo transforma. Não cura a doença, mas cura a alma. Não impede a perda, mas consola o coração. E talvez, mais importante ainda, nos ensina como devemos cuidar dos que amamos — principalmente quando o tempo é curto e a fragilidade é grande.

Essa não foi uma despedida comum. Foi um abraço prolongado que durou até o último suspiro. Foi um “estamos aqui” constante. Foi, acima de tudo, amor.