Na noite deste sábado, Duque de Caxias viveu um momento inesquecível. O coração da quadra da Grande Rio pulsou forte com a passagem de coroa entre duas mulheres que representam gerações diferentes, mas que se unem pela paixão ao samba: Paolla Oliveira e Virgínia Fonseca.

Paolla Oliveira e Virginia Fonseca abrem o jogo sobre "treta"; confira

Paolla, após anos reinando com elegância, se despediu do posto de rainha de bateria com uma homenagem emocionante. Ovacionada pelo público, a atriz agradeceu à escola e declarou que não estava deixando a “casa”, mas apenas encerrando um ciclo. Com a voz embargada e lágrimas contidas, ela chamou ao palco sua sucessora com carinho: “Ela é uma menina que também quer conquistar o seu espaço.”

E então, sob aplausos, gritos e flashes, Virgínia Fonseca entrou na quadra — visivelmente emocionada e nervosa, mas determinada a honrar o momento. Com um vestido deslumbrante, ela não tentou esconder a ansiedade. Pelo contrário: expôs sua vulnerabilidade com sinceridade, e foi justamente isso que conquistou ainda mais o público.

Em seu discurso lido — porque, como ela mesma confessou, não conseguiria falar tudo de cabeça — Virgínia falou com o coração. “Hoje começa oficialmente uma nova etapa na minha vida… um mundo totalmente novo, mas que eu tô 100% disposta a aprender com vocês.” A influenciadora demonstrou respeito à tradição do carnaval e deixou claro que está disposta a se dedicar de corpo e alma à nova função.

Mesmo sendo a primeira vez oficialmente como rainha de bateria, Virgínia sambou, interagiu com os ritmistas, sorriu, se emocionou e mostrou que não está ali apenas por status — está ali para aprender e crescer. Nas redes sociais, a repercussão foi imediata: elogios pela entrega, apoio pela humildade e até críticas construtivas sobre pontos que podem melhorar até o desfile de 2026. Mas uma coisa foi unânime: ninguém pode negar a coragem de se lançar de cabeça em um universo tão exigente como o do samba carioca.

O momento também foi marcado por falas emocionadas de familiares e amigos. A mãe de Virgínia, visivelmente orgulhosa, declarou: “Você contagia as pessoas. Sua energia ilumina. Você nasceu lá de baixo e está crescendo. Nunca imaginou que chegaria aqui, né? Mas chegou. E chegou com brilho.” Em meio a lágrimas, abraços e aplausos, a nova rainha parecia ainda não acreditar no que estava vivendo.

Já em casa, de madrugada, Virgínia gravou vídeos nos stories dizendo estar em êxtase, sem conseguir dormir. “Não sei explicar o sentimento… surreal. O carnaval começou”, disse ela, ainda processando a grandiosidade da noite.

O desafio agora é grande. Substituir Paolla Oliveira, que construiu uma relação sólida e respeitosa com a comunidade do samba, não é tarefa fácil. Mas Virgínia parece entender o tamanho da responsabilidade. Ao invés de tentar “ser melhor”, ela quer ser diferente — trazer sua identidade, sua história, sua força.

A Grande Rio, mais uma vez, apostou na ousadia. E acertou em cheio. A escolha de Virgínia representa mais do que uma simples substituição: é uma renovação simbólica, um gesto que une o tradicional ao contemporâneo. Paolla passou a coroa com classe; Virgínia recebeu com humildade.

A escola mostrou que sabe evoluir, inovar e emocionar — tudo ao mesmo tempo. Agora, a contagem regressiva para o Carnaval 2026 começou, e com ela, a expectativa: como será o desfile da nova rainha? Será que ela vai conquistar de vez o coração dos sambistas mais exigentes? Tudo indica que, com trabalho, ela vai surpreender.

Enquanto isso, o público vibra, discute, apoia, critica — porque isso também é samba. Porque no carnaval, cada batida de tambor carrega emoção, suor e história.

E Virgínia, com seus primeiros passos na quadra, já escreveu a sua.