O que era visto por muitos como apenas mais uma polêmica nas redes sociais se transformou em um verdadeiro escândalo nacional. Uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, trouxe à tona detalhes chocantes sobre o influenciador Samuel Santana, mais conhecido como Gato Preto, e a também influenciadora Bia Miranda. As revelações deixaram o público estarrecido e levantaram um debate urgente sobre responsabilidade, fama e impunidade nas redes sociais.

 

🚨Globo EXPÕE CRIMES TERRÍVEIS de Gato Preto com Bia; Wanessa e Luan RENDE  e Dado PASSA VERGONHA!

 

A matéria investigativa exibida no último domingo (24) traçou um verdadeiro dossiê do casal, revelando crimes, comportamentos abusivos e uma série de atitudes imprudentes, tudo documentado com provas e relatos de vítimas.

Acidente de trânsito e crimes associados

Tudo começou com um grave acidente de trânsito ocorrido no dia 20 de agosto. Samuel dirigia um carro de luxo — um Porsche avaliado em mais de R$ 1 milhão — quando avançou um sinal vermelho em São Paulo e colidiu com outro veículo. As câmeras do sistema de monitoramento Smart Sampa identificaram que ele havia ignorado diversos sinais no trajeto, evidenciando imprudência recorrente.

As investigações apontam que Samuel estava embriagado no momento do acidente. Ele ainda tentou manipular a cena da colisão e fugiu sem prestar socorro às vítimas. A lista de acusações é extensa: lesão corporal, embriaguez ao volante, direção perigosa, omissão de socorro e tentativa de fraude.

Segundo o Ministério Público, ele já acumulava multas e outros registros de infrações, incluindo registros anteriores de violência. O Fantástico também revelou que os veículos que Samuel ostentava nas redes sociais sequer estavam em seu nome — mais um detalhe que reforça o contraste entre a imagem glamourosa projetada na internet e a realidade por trás das câmeras.

Relatos de agressões físicas

Se o acidente já havia chocado, os depoimentos sobre violência física e ameaças aumentaram ainda mais a indignação pública. A jovem Milena Marinho, de 22 anos, relatou ter sido brutalmente agredida por Samuel e Bia Miranda na saída de uma boate no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano. O motivo? Estava encostada no carro de Gato Preto.

Imagens da câmera de segurança mostram Samuel pisando na jovem enquanto ela já estava caída no chão. Milena convulsionou após as agressões e precisou de atendimento médico. “Eu só lembro que implorava para ela parar, mas ela não parava. E ele me agrediu muito mais que ela”, relatou, em lágrimas, durante a entrevista.

Bia, que na época estava grávida, confirmou em um vídeo nas redes sociais que partiu para cima da jovem: “Eu saí e dei nela mesmo. Depois veio as amigas dela e a gente começou a dar. Minha tropa também deu.” A frase chocou a todos pela frieza e naturalidade com que o caso foi tratado.

Violência doméstica contra Bia Miranda

A própria Bia Miranda também já foi vítima da violência de Samuel. Em junho, ela postou vídeos relatando medo e dores físicas causadas pelo companheiro. Em um deles, visivelmente abalada, afirma que estava com a costela doendo enquanto tentava impedir o parceiro de entrar no quarto onde se escondia.

O Ministério Público, mais uma vez, interveio e denunciou Gato Preto por violência doméstica. O caso mostra o ciclo de abuso presente na relação, onde a vítima, em determinado momento, também se torna agressora.

A omissão após o acidente

Outro ponto que causou revolta foi o relato de Edilson, a principal vítima do acidente de trânsito provocado por Samuel. Ele e seu filho estavam no carro atingido e relataram que, em nenhum momento, receberam qualquer tipo de apoio por parte do casal. “Ele saiu rindo do carro, zombando. Quando fui questioná-lo, fui ameaçado pelos seguranças dele. Ninguém perguntou se a gente estava bem.”

O carro destruído no acidente era uma herança de família e o instrumento de trabalho de Edilson. Seu filho, que teve a mandíbula machucada, agora enfrenta crises de ansiedade.

 

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A fama alimentada por polêmicas

Mesmo após tantas acusações, Samuel ainda conta com mais de 500 mil seguidores, e Bia Miranda, com mais de 5 milhões. A fama deles segue sendo alimentada pela visibilidade nas redes sociais e pelas interações do público, mesmo diante de condutas tão graves.

A exposição dessas atitudes levanta uma discussão importante: até quando vamos glorificar figuras públicas que constroem notoriedade às custas de escândalos, abusos e violência? Qual é o limite entre entreter e normalizar comportamentos criminosos?

A decisão dos criadores de conteúdo

Diante de tanta repercussão negativa, alguns influenciadores e comunicadores já anunciaram boicote total ao casal. “Cada vez que falamos desses dois, damos exatamente o que eles querem: visibilidade. Isso precisa parar”, declarou um dos apresentadores digitais que cobria o caso diariamente.

É um posicionamento que tem ganhado força: cortar o palco de quem não merece estar sob os holofotes.

Um alerta para todos nós

O caso de Gato Preto e Bia Miranda não é apenas sobre dois influenciadores. É sobre o que escolhemos consumir, promover e reproduzir. É sobre a responsabilidade que temos ao dar palco a quem age com descaso pela vida do outro.

É também sobre justiça — não só a da lei, mas a social. E sobre exigir de quem tem voz e visibilidade o mínimo: humanidade.

Que essa reportagem sirva como um divisor de águas. Que os holofotes comecem, enfim, a iluminar quem constrói, quem respeita e quem inspira. E que quem agride, fere e ri da dor alheia, veja a fama se apagar como consequência de suas próprias ações.