O que era para ser só mais uma piada virou um barraco de proporções virais. Carlinhos Maia, conhecido por transformar anônimos em celebridades por meio do seu projeto “Rancho do Maia”, foi diretamente alfinetado por ninguém menos que o humorista Vinícius Magalhães — e a internet, claro, foi à loucura.

A polêmica começou quando Vinícius foi perguntado se toparia participar do Rancho, que já revelou nomes como Kauan Cinderela e outros talentos das redes sociais. A resposta dele? Um deboche que caiu como uma bomba: “É meu sonho acampar num ambiente pantanoso à beira da estrada para ser humilhado por um homem narcisista”.

O comentário, claramente provocativo, não passou despercebido por Carlinhos, que rapidamente reagiu nas redes sociais. Segundo fontes próximas, o influenciador ficou profundamente irritado, considerando a fala uma afronta direta não só ao projeto, mas também à sua trajetória e ao esforço em dar oportunidades a quem sonha com a fama.

Carlinhos usou os stories para rebater, com sua clássica ironia, e não poupou palavras: imitou o jeito do humorista falar, criticou seu comportamento e ainda mandou indiretas que deixaram claro o quanto ficou incomodado. Em um dos trechos, ele dispara: “Antigamente eu me estressava com isso, hoje eu entendo que o sucesso é isso: ser falado até em lugares onde você nem está presente.”

A troca de farpas movimentou as páginas de fofoca e dividiu a opinião dos internautas. De um lado, fãs de Carlinhos defenderam o Rancho como um projeto sério, que já mudou a vida de muitas pessoas comuns, transformando sonhos em realidade. “Kauan Cinderela estava no acampamento e saiu com mais de 1,3 milhão de seguidores. Isso não é brincadeira”, argumentou uma seguidora.

Do outro lado, apoiadores de Vinícius afirmaram que tudo não passou de uma piada típica do humorista, e que Carlinhos deveria saber lidar com críticas e sátiras por ser uma figura pública. “Se ele não aguenta uma piada, tá na profissão errada”, comentou um usuário no X (antigo Twitter).

A crítica de Vinícius, porém, tocou em um ponto delicado: o poder de Carlinhos dentro do Rancho. Quem acompanha sabe que, antes de entrar oficialmente no projeto, dezenas de pessoas acampam nos arredores esperando por uma chance. Carlinhos passa de carro, observa, e se “sentir a energia” da pessoa, abaixa o vidro e grava um vídeo. Caso contrário, ignora. Para muitos, esse sistema beira o humilhante. Para outros, é apenas parte do jogo — e da fama.

Nos vídeos que gravou em resposta à polêmica, Carlinhos também deixou claro que o Rancho, apesar de dar oportunidades, é também parte do seu trabalho. “Não vamos ser hipócritas. Ali é meu trabalho. Eu não faço só porque sou bonzinho. Eu ganho muito dinheiro com aquilo”, disse, em tom firme. “Se não me desse retorno, eu não faria.”

Ainda assim, ele reforça que trata todos com respeito e que o projeto traz benefícios não só para os participantes, mas também para ele mesmo: “Me traz novas pessoas, novos públicos, e me diverte, apesar da dor de cabeça.”

A fala reforça o quanto o Rancho se tornou uma vitrine poderosa. Mas também deixa no ar uma pergunta incômoda: até que ponto é legítimo transformar anonimato em entretenimento? E o que separa oportunidade de exposição?

Enquanto os cortes da treta seguem circulando freneticamente nas redes, com páginas de fofoca alimentando cada novo capítulo, Carlinhos segue firme, dizendo que continuará com o projeto — com ou sem deboche.

“Tenho 30 e poucos anos. Às vezes falam comigo como se eu tivesse 80. Mas ainda tenho muito a viver e a fazer”, disse ele, reafirmando que não vai parar tão cedo.

E quanto a Vinícius? Até o momento, o humorista não voltou a comentar o caso abertamente. Mas os seus seguidores seguem defendendo o direito de fazer piadas, mesmo que incomodem. O problema é que, dessa vez, a piada foi longe demais para alguns — especialmente para Carlinhos.

Resta saber se a treta vai esfriar ou se estamos apenas no começo de mais um capítulo das polêmicas que rondam o universo das celebridades digitais. Uma coisa é certa: quando se trata de Carlinhos Maia, silêncio nunca é opção.