No cenário silencioso de um estúdio iluminado como um palco de cinema, Zé Felipe abriu o coração como nunca antes. Diante das câmeras, do microfone e do olhar atento de Léo Dias, o cantor não fugiu das perguntas mais difíceis — e entregou verdades que pegaram o Brasil inteiro de surpresa.

O que parecia um casamento dos sonhos, repleto de sorrisos, declarações nas redes sociais e milhões de seguidores, revelou um lado sombrio, feito de pressões, desgastes emocionais e a perda da própria identidade. “Eu vivia dentro de um reality show”, disse Zé, visivelmente emocionado. “Acordava com câmera ligada, gente editando conteúdo e roteiro de gravação. Eu só queria viver. A casa deixou de ser minha. Virou cenário.”

A confissão marcou o tom da entrevista: longe de ser apenas uma fofoca de celebridade, tratava-se de um grito por liberdade, um homem sufocado pelo peso de uma vida exposta, tentando resgatar sua essência.

Zé foi claro ao dizer que a separação com Virgínia não teve traição, brigas ou jogadas de marketing. “Foi pela minha paz mental”, afirmou. E revelou: “Eu ia me perder como pessoa. Ia deixar de ser eu.”

Mas as consequências dessa escolha reverberaram em todos os cantos de sua vida — inclusive dentro da própria família. “Ver meu pai chorando foi das piores dores que já senti”, desabafou, referindo-se ao impacto da separação sobre Leonardo, que desenvolveu laços fortes com as netas.

Quando Léo Dias tocou no tema mais polêmico — dinheiro — o clima pesou. A pergunta sobre os R$ 400 milhões acumulados pelo casal nos últimos anos foi direta. Zé não fugiu. “A Virgínia sempre administrou tudo. Eu confiava. Mas chegou um ponto em que eu nem sabia mais o que era meu, dela ou nosso.”

E aí veio a revelação que deu ainda mais combustível aos boatos: o avião particular, símbolo da vida de luxo do casal, nunca chegou a ser transferido para o nome de Zé. “Ela me deu, mas ficou com ela. E não é sobre o avião, é sobre o que ele representa.”

Zé confirmou que entrou na Justiça para garantir sua parte no patrimônio. “Eu trabalhei. Eu sustentei uma carreira que também alimentava o império dela. Não vou sair de mãos abanando. Não é por ambição, é pelo que é justo.”

Sobre a Virgínia, Zé não a atacou, mas reconheceu o desequilíbrio. “Ela é visionária. Eu deixei tudo nas mãos dela e isso me deixou vulnerável. Não digo que tudo foi calculado, mas algumas coisas me deixaram com essa sensação.”

A entrevista foi se aprofundando até tocar na ferida mais delicada: as filhas, Alice e Maria Flor. Foi o momento em que a voz do cantor se quebrou. “Elas são tudo. Quando a Alice perguntou por que eu não dormia mais em casa, eu desmoronei.”

Zé revelou que ainda não há acordo definitivo sobre a guarda, mas que sua prioridade é blindar as filhas do caos da separação. “Não quero que elas virem moeda de troca. Não quero que cresçam achando que o pai foi figurante.”

Léo Dias, cirúrgico, o questionou sobre a carreira: como seguir agora, sem a estrutura da Virgínia, que trouxe visibilidade imensa nas redes? Zé não escondeu a gratidão, mas também reconheceu a dor de ter sua música em segundo plano. “As pessoas me conheciam por um story, um meme, uma trend. Minha autoestima artística foi pro chão.”

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Agora, quer recomeçar. “Quero voltar às raízes do sertanejo. Quero ser o Zé Felipe, não o ex da Virgínia, nem só o filho do Leonardo. Só eu.”

Falando sobre o pai, a emoção voltou. “Sempre ouvi que nunca seria como ele. Isso machuca. A Virgínia me ajudou a construir uma identidade, mas também me prendeu a outra. Eu só quero brilhar por mim.”

Quando Léo perguntou se ele tinha medo de perder contratos, público, engajamento, a resposta foi tão sincera quanto definitiva. “Tenho, sim. Mas tenho mais medo de perder quem eu sou. Prefiro menos número e mais verdade.”

A entrevista virou um depoimento, quase um pedido de socorro. A parte final foi dedicada à dor mais íntima: o medo de que, no futuro, as filhas vejam o pai como alguém ausente. “Eu posso perder tudo. Mas não posso perder elas.”

E, ao olhar para a câmera, deixou a mensagem mais forte da noite. “Filhas, eu posso errar, posso falhar, mas nunca vou deixar de amar vocês. Nunca vou deixar de estar por perto.”

Léo então encerrou perguntando: “Depois de tudo — amor, filhos, dinheiro, carreira — o que você mais deseja agora?”

Zé respondeu sem hesitar: “Paz. Quero cantar. Quero ver minhas filhas crescerem. Quero honrar o que meu pai me ensinou. O resto, a vida resolve.”