TRAGÉDIA EM CONTAGEM: A INVESTIGAÇÃO QUE ABALOU UMA FAMÍLIA E COMOVEU MINAS GERAIS

A cidade de Contagem, em Minas Gerais, amanheceu em luto após a notícia da morte de um bebê de apenas 1 ano e 8 meses. O caso, envolto em choque e tristeza, ganhou contornos ainda mais dramáticos quando a Polícia Civil apontou o padrasto, Carlos Henrique Duarte, como o principal suspeito de agressão fatal. A mãe da criança, Larissa Gomes, também está sendo investigada por possível cumplicidade.

UM CRIME QUE NINGUÉM QUERIA ACREDITAR

Os vizinhos do casal relataram que a casa, aparentemente tranquila, escondia uma rotina de brigas e discussões frequentes. Muitos afirmam ter ouvido choros vindos da residência, mas jamais imaginaram que a situação pudesse terminar de forma tão devastadora.

Na noite anterior à morte, segundo relatos, a mãe teria levado o bebê ao hospital alegando uma queda acidental. No entanto, os médicos perceberam inconsistências na história e acionaram a polícia. A perícia confirmou o que ninguém queria acreditar: as lesões eram compatíveis com agressões repetidas ao longo do tempo.

DETALHES DA INVESTIGAÇÃO

Os investigadores trabalham com a hipótese de violência doméstica prolongada, marcada por episódios de abuso físico e psicológico. O laudo preliminar aponta múltiplas fraturas e hematomas em diferentes estágios de cicatrização, o que indica que o bebê vinha sendo agredido há semanas.

Carlos Henrique Duarte, o padrasto, teria apresentado comportamento frio durante o depoimento inicial. Segundo fontes da polícia, ele tentou sustentar a versão de que tudo não passou de um acidente doméstico, mas os indícios encontrados no local contradizem essa narrativa.

O PAPEL DA MÃE SOB SUSPEITA

A mãe, Larissa Gomes, também está no centro das investigações. Embora tenha sido a pessoa que levou o filho ao hospital, os investigadores acreditam que ela possa ter omitido informações cruciais ou mesmo encoberto as agressões praticadas pelo companheiro.

De acordo com testemunhas, Larissa teria mudado de comportamento nos últimos meses, tornando-se mais isolada e retraída. Amigos próximos relataram que ela chegou a pedir ajuda, mas nunca detalhou o que realmente acontecia dentro de casa.

O IMPACTO NA COMUNIDADE

A morte da criança gerou uma onda de comoção e revolta em Contagem. Moradores organizaram uma pequena vigília em frente à residência, acendendo velas e deixando flores em memória do bebê. “É inacreditável que algo assim tenha acontecido tão perto da gente. Todos estamos de coração partido”, disse uma vizinha emocionada.

Entidades de proteção à infância também se mobilizaram, cobrando mais atenção às denúncias de maus-tratos e reforçando a importância de observar sinais de abuso em crianças pequenas.

O CAMINHO ATÉ A VERDADE

O caso agora está sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A equipe de investigação tenta reconstituir os últimos dias da vítima e entender a dinâmica das agressões. O celular do casal foi apreendido, e mensagens trocadas entre eles poderão revelar novos detalhes sobre a relação conturbada.

Os peritos também analisam vestígios encontrados em roupas e objetos da casa. A expectativa é que os resultados laboratoriais, esperados para os próximos dias, ajudem a consolidar o inquérito.

A BUSCA POR JUSTIÇA

Enquanto o processo avança, a população exige respostas e punição para os responsáveis. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaPeloBebê tem ganhado força, com mensagens de solidariedade e pedidos de maior rigor nas leis de proteção infantil.

A morte do bebê de 1 ano e 8 meses não é apenas um caso policial — é um retrato doloroso de como o silêncio e o medo podem transformar um lar em um lugar de horror. Para muitos, o caso de Contagem precisa servir de alerta para toda a sociedade.

UMA HISTÓRIA QUE NÃO PODE SE REPETIR

Entre o luto e a indignação, resta uma certeza: a vida interrompida dessa criança não pode ser esquecida. A esperança é que a investigação traga clareza, justiça e que essa tragédia sirva para impulsionar políticas mais firmes de prevenção à violência doméstica e proteção à infância.