Eles eram o casal queridinho da internet. Riam juntos, dançavam nas redes sociais, trocavam declarações de amor e exibiam uma rotina de sonhos que fazia milhões acreditarem no amor perfeito. Mas enquanto o público se encantava com os stories, bastidores silenciosos começavam a rachar o conto de fadas. Foi em fevereiro de 2023 que Virgínia Fonseca, sem alarde, revelou que ela e Zé Felipe haviam iniciado terapia de casal. Na época, muitos acharam exagero. Afinal, o que poderia estar errado com um casal que parecia tão apaixonado?

A verdade é que aquela decisão foi o primeiro grito de socorro. Segundo fontes próximas, Zé entrou na terapia com os braços cruzados, achando tudo aquilo desnecessário. Para ele, estava tudo bem. Para ela, era preciso cuidar antes que fosse tarde demais.

A primeira sessão já deu o tom do que viria. Quando o psicólogo pediu que falassem o que admiravam e o que incomodava no outro, Virgínia, com voz firme, apontou: “Admiro sua leveza, mas às vezes sinto que você não se dá conta da responsabilidade que temos diante de milhões.” Zé rebateu: “Não dá para viver só para os outros.” E ali surgiu o primeiro embate — a diferença entre viver espontaneamente e sustentar uma imagem pública.

A partir dali, as sessões foram se tornando um campo de revelações. Virgínia passou a abrir suas feridas mais íntimas. Confessou que se sentia sozinha mesmo estando casada. Que carregava o peso da empresa, das redes, dos filhos — tudo nas costas. “Às vezes, sinto que sou mãe solteira. Você aparece para gravar vídeos fofos e vai embora. Eu fico com a parte pesada”, disse em uma das sessões mais duras.

Zé Felipe, visivelmente abalado, chegou a chorar. Não por raiva, mas por não imaginar que sua esposa se sentia tão sobrecarregada. Ele admitiu: “Não sabia que ela carregava tudo isso. Para mim, ela parecia tão forte.” Foi ali que ele começou a entender: a força de Virgínia vinha acompanhada de uma solidão silenciosa.

Mas o golpe mais forte veio quando Virgínia confessou um episódio que nunca havia superado — o aniversário da filha Maria Flor, em 2023. “Organizei tudo sozinha. Você apareceu de cara fechada, reclamou do barulho e ficou no celular. Me senti abandonada dentro da nossa própria casa.” Zé tentou se justificar, mas a dor já estava registrada.

A cada sessão, o clima piorava. Zé passou a se sentir julgado, como se estivesse em um tribunal. Virgínia, por outro lado, finalmente se sentia ouvida. Foi nesse contraste que surgiu a dúvida que mudaria tudo. Na sétima sessão, ela desabafou: “Eu não sei mais se quero continuar casada.” A frase caiu como uma bomba. Para Zé, a separação nunca foi cogitada. Para Virgínia, já era uma possibilidade real.

Em uma tentativa de salvar o relacionamento, Zé fez algo inesperado: organizou sozinho uma viagem para o Japão, destino que ela sempre sonhou. Postaram fotos sorridentes, se mostraram felizes — mas por trás das imagens, a conexão continuava frágil. A viagem foi um respiro, mas não curou as feridas profundas.

Hoje, meses após o fim definitivo do casal, as frases ditas na terapia ainda ecoam. “Eu me sinto sozinha mesmo estando casada.” “Você está presente de corpo, mas não de alma.” “Eu só queria que você dissesse: ‘Eu estou aqui.’” Essas não são apenas frases. São gritos de uma mulher exausta tentando ser ouvida. E de um homem que demorou a entender que amor também é presença, escuta e parceria.

O fim de Virgínia e Zé Felipe não foi repentino. Foi construído em silêncios, mágoas engolidas, expectativas não ditas. A terapia, que deveria fortalecer, acabou revelando o quanto estavam distantes. O casal mais admirado do país mostrou, enfim, que nem tudo é como parece nos stories. E que às vezes, por trás do sorriso, há uma dor que nem todos conseguem enxergar — até ser tarde demais.