A vida de influenciadora digital de Virgínia Fonseca e Zé Felipe parece ter se transformado em um verdadeiro pesadelo jurídico e midiático. O que começou como um simples desentendimento entre vizinhos em um condomínio de luxo em Goiânia, no dia 22 de maio de 2025, tornou-se uma batalha pública, com implicações legais, fofocas nas redes sociais e até uma liminar judicial que pode mudar a rotina do casal. Mas o que aconteceu para que a história ganhasse tamanha repercussão?

Na madrugada de 22 de maio, os moradores do condomínio começaram a perceber algo incomum. Um som ininterrupto, de alto volume, percorria os corredores e invadia a tranquilidade de suas casas. Alguns conseguiram ignorar o incômodo, mas, com o tempo, o zumbido exasperante tornou-se um tema comum nos grupos de WhatsApp dos moradores. O barulho, que parecia ter origem na mansão de Virgínia, não era só música alta, mas também sons metálicos e até vibrações nas estruturas do prédio. Quando a situação começou a sair do controle, a administração do condomínio foi forçada a intervir.

Virgínia, ao saber da insatisfação dos vizinhos, adotou uma postura enigmática. Em 24 de maio, a influenciadora publicou um story nas redes sociais mostrando a fachada de sua mansão, com música ao fundo e luzes acesas, como que convidando os seguidores para uma celebração. “É só música, gente, quem nunca chamou DJ?”, disse ela, provocando a ira de alguns moradores, enquanto outros se divertiam com a situação.

Porém, a trama se adensou com a participação de uma vizinha evangélica, que já havia se envolvido em discussões anteriores com Virgínia por causa do barulho. Ela criticou a postura da influenciadora, chamando a atenção para o desrespeito ao direito de descanso. A partir daí, a situação ganhou força, e o condomínio passou a viver uma tensão crescente. A novela foi parar nas redes sociais, nos sites de fofoca e nas rodas de conversa de Goiânia.

O síndico, pressionado pela situação, convocou uma reunião de emergência com os moradores e advogados especializados em perturbação do sossego. Como resultado, uma carta formal foi enviada à Virgínia e Zé Felipe, exigindo que o volume fosse reduzido sob pena de ação judicial. Mas, a verdade é que ninguém imaginava que a situação tomaria proporções tão grandes.

Com o passar dos dias, novas reviravoltas ocorreram. A influenciadora, por meio de suas redes sociais, continuou ignorando diretamente as reclamações, enquanto seus seguidores defendiam sua liberdade criativa. Na semana seguinte, uma notificação extrajudicial foi enviada por três famílias vizinhas, exigindo a cessação do barulho à noite, com ameaças de medidas judiciais. A internet, claro, não deixou passar. O assunto viralizou, gerando debates acalorados entre aqueles que achavam que os vizinhos estavam exagerando e os que defendiam o direito ao descanso e respeito à lei.

Em 27 de maio, o caso ganhou ainda mais atenção, quando os advogados de Virgínia responderam às acusações, alegando que a influenciadora sempre esteve aberta ao diálogo e que a situação havia sido distorcida. A pressão sobre a influenciadora aumentou quando vazaram áudios de moradores criticando sua atitude e acusando-a de abusar da liberdade de ser famosa. Enquanto isso, Virgínia seguia com sua rotina profissional, mas seus seguidores estavam cada vez mais atentos às indiretas que ela soltava nas lives, sempre dizendo que quem não entendesse sua vida pública, que fosse paciente.

No entanto, o verdadeiro divisor de águas ocorreu em 8 de agosto, quando o laudo da perícia acústica foi divulgado. O relatório indicou que, em três ocasiões distintas, o som ultrapassou os limites permitidos pela lei municipal. O pico de 72 decibéis, o equivalente ao som de um aspirador de pó em um quarto, foi a prova de que o barulho na mansão de Virgínia não era apenas uma sensação dos vizinhos, mas uma realidade incômoda que poderia ter sérias consequências.

Com o laudo em mãos, a ação judicial se intensificou. No dia 20 de agosto, o juiz que acompanhava o caso decretou uma liminar proibindo a realização de festas, gravações musicais e qualquer outra atividade acima do limite de 55 decibéis após as 21 horas. Uma multa de R$ 500.000,00 foi estipulada para qualquer infração.

As reações nas redes sociais foram divididas. Fãs de Virgínia se revoltaram contra a decisão judicial, acusando os vizinhos de perseguição e desrespeito à sua liberdade de expressão. Por outro lado, aqueles que sempre acharam que as influenciadoras precisavam seguir as mesmas regras de todos comemoraram o julgamento. No condomínio, a sensação era de vitória para os moradores, que finalmente podiam descansar.

Virgínia, abalada, fez um desabafo nas redes sociais, afirmando que sempre trabalhou duro para construir sua carreira e que não imaginava que sua vida pública causaria tanto desconforto. No entanto, Zé Felipe permaneceu em silêncio, deixando claro que os bastidores da vida de influenciadores nem sempre são o que parecem.

E assim, o que começou como um simples desentendimento de vizinhança, se transformou em um dos casos mais comentados e polêmicos do ano. A batalha jurídica entre Virgínia e seus vizinhos, que começou com um barulho insuportável, pode ter repercussões duradouras tanto para a influenciadora quanto para o conceito de “privacidade” no mundo das redes sociais.