O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, finalmente falou — e o assunto, claro, foi Neymar. Em entrevista exclusiva à TNT Sports, o treinador abordou a grande dúvida que paira no ar: será que Neymar vai para a Copa do Mundo de 2026 mesmo sem atuar nas partidas da Data FIFA ou amistosos antes do torneio?

A resposta veio com a elegância e firmeza que já são marcas do treinador italiano. Segundo Ancelotti, sim, é possível convocar Neymar mesmo sem vê-lo em campo antes da Copa. E o argumento é direto: “Não precisamos testar Neymar. Todo mundo conhece suas qualidades, tanto técnicas quanto pessoais”, afirmou o técnico, garantindo que a única preocupação real é o aspecto físico.

O recado do comandante foi claro: se Neymar estiver bem fisicamente em junho de 2026, estará na lista. E mais, Ancelotti foi além ao dizer que o camisa 10 é querido entre os companheiros e que, tecnicamente, dispensa apresentações. A fala, por si só, reacende a esperança dos fãs e reforça o peso que Neymar ainda tem dentro do elenco — mesmo longe dos gramados devido a lesões.

Ancelotti volta a falar sobre ausência de Neymar: "Decisão técnica que se  baseia em muitas coisas"

A entrevista completa será publicada no YouTube da TNT Sports, e promete mostrar um lado mais descontraído de Ancelotti. De acordo com a repórter Monique Danello, que conduziu o bate-papo, o técnico estava à vontade e até brincou com expressões do futebol brasileiro. Ele revelou, por exemplo, quantos chicletes costuma mascar durante as partidas e confessou seu gosto pela culinária brasileira — mas surpreendeu ao dizer que prefere massa ao estilo italiano, “mais al dente”.

O treinador também deu mostras de estar cada vez mais ambientado com o clima do Brasil. Mesmo com o perfil europeu e o histórico vitorioso na Europa, Ancelotti demonstra estar disposto a entender e incorporar a emoção e a intensidade sul-americanas. Essa combinação pode ser o diferencial que faltava para levar a Seleção novamente ao topo do mundo.

A entrevista, que aconteceu logo após a convocação mais recente da Seleção, também trouxe reflexões sobre a atual geração de jogadores e o papel de Ancelotti como “estrela” no ciclo rumo à Copa. Ao contrário dos ciclos anteriores, em que os protagonistas eram os atletas, desta vez o técnico parece ser o centro das atenções. Monique destaca que, nos primeiros treinos, todos os olhos estavam voltados para ele — seu comportamento, suas reações, suas decisões.

Ancelotti comenta ausência de Neymar e promete testes táticos em preparação  para duelo contra o Chile: "Observaremos alternativas importantes para o  futuro".

Mas, voltando a Neymar, o que essa declaração significa na prática? Em um cenário em que o craque está longe da forma física ideal e sem atuar regularmente, o respaldo de Ancelotti pode ser um divisor de águas. Ainda assim, comentaristas esportivos como André Henning levantaram um ponto importante: a convocação de Neymar só fará sentido se ele estiver voando. “Se não estiver bem, outros devem ir”, afirmou o jornalista, reforçando a necessidade de meritocracia no momento de definir a lista final para o Mundial.

Ou seja, Neymar tem moral, história e talento — mas também tem que mostrar futebol. Mesmo sendo uma figura incontestável, o craque ainda precisa provar que pode voltar ao seu auge para fazer diferença em campo. Caso contrário, a Seleção terá que seguir novos caminhos.

A entrevista com Ancelotti promete trazer mais que respostas técnicas: oferece uma visão humana de um técnico que está se adaptando, ouvindo e respeitando a cultura futebolística do país que agora lidera. E se depender do italiano, a Copa de 2026 terá um Brasil mais preparado — com ou sem Neymar.