Nos últimos meses, a influenciadora Virgínia Fonseca viveu um dos capítulos mais delicados de sua trajetória pública e pessoal. A separação de Zé Felipe não apenas marcou o fim de um ciclo, como também lançou dúvidas e inseguranças sobre os caminhos que sua vida — e a de seus filhos — tomariam a partir dali. Em meio à turbulência emocional, um acontecimento em especial começou a mexer com o emocional de Virgínia de maneira profunda: as experiências espirituais vividas por sua filha mais velha, Maria Alice.

A menina, de apenas quatro anos, começou a relatar conversas com o avô Mário e com Leandro, tio do pai, duas figuras que já haviam partido e que ela jamais conheceu em vida. A princípio, Virgínia tentou ignorar, acreditando se tratar de imaginação infantil. No entanto, à medida que os relatos se repetiam, com detalhes cada vez mais específicos, a mãe passou a ser tomada por uma angústia difícil de descrever.

Em meio a esse turbilhão de emoções, a dúvida mais cruel passou a persegui-la: será que a separação teria desencadeado essas manifestações na filha? Será que Maria Alice estava sofrendo mais do que demonstrava, preenchendo o vazio deixado pelo pai com presenças do além?

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Atormentada por esse medo e sem conseguir encontrar respostas sozinha, Virgínia tomou uma decisão corajosa: buscou ajuda espiritual com o Frei Gilson, figura religiosa frequentemente mencionada por Leonardo, seu ex-sogro. A busca não era apenas por explicações, mas por paz, por alívio e, acima de tudo, por uma maneira de proteger sua filha de algo que ela não compreendia.

O encontro com o Frei foi marcado por emoção e entrega. Virgínia se permitiu baixar a guarda, abandonando o papel de mulher forte e bem-sucedida das redes sociais para revelar, com lágrimas nos olhos, a dor de uma mãe que já não sabia como proteger quem mais amava. Relatou o medo, a culpa, e as conversas de Maria Alice com os parentes falecidos.

O religioso ouviu tudo com paciência e empatia. Em vez de espantar os relatos com explicações frias ou julgamentos, ele ofereceu uma perspectiva reconfortante: talvez a menina estivesse apenas sensível ao que muitos adultos se recusam a perceber — a presença contínua do amor, mesmo depois da morte. Para o Frei, o luto das crianças pode se manifestar de formas inesperadas e, muitas vezes, mais profundas do que imaginamos.

Essa visão mudou tudo para Virgínia. A ideia de que a filha não estava sendo “assombrada”, mas sim protegida por aqueles que a amavam e já partiram, trouxe um alívio indescritível. E foi nesse clima de entrega espiritual que algo aconteceu.

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Durante um momento de oração com o Frei, enquanto buscavam respostas, pequenos sinais começaram a surgir. Um som leve, metálico, percorreu o ambiente. Uma vela vacilou e, em seguida, a chama se ergueu com força. A presença ali, mesmo invisível aos olhos, foi sentida com intensidade por Virgínia. Não havia mais dúvida: algo — ou alguém — estava respondendo ao seu clamor.

O Frei, com serenidade, reforçou que aqueles sinais não eram coincidência nem motivo de medo, mas manifestações de amor. Segundo ele, era possível que Mário e Leandro estivessem, de fato, ao lado da neta, zelando por ela de um lugar que vai além da nossa compreensão.

Com lágrimas nos olhos, mas agora de alívio, Virgínia entendeu que Maria Alice não estava sozinha — e nem ela. A dor da separação permanecia, mas não dominava mais seus dias. O que antes era culpa, agora dava lugar à confiança de que, mesmo em um novo formato, sua família continuava cercada por amor — inclusive o que vem do invisível.

Essa experiência marcou uma verdadeira transformação na influenciadora. Virgínia deixou de lado o medo e abraçou uma fé que a fortalecia. Compreendeu que ser mãe não significa ter todas as respostas, mas sim estar aberta para ouvir, sentir e proteger — mesmo quando isso exige encarar o desconhecido.

Decidida a não guardar essa vivência apenas para si, ela compartilhou tudo em um vídeo, não como forma de autopromoção, mas como um gesto de empatia e solidariedade. Sabia que outras mães também enfrentam dilemas parecidos, e que sua história poderia levar conforto, esperança e força.

No fim, a jornada de Virgínia Fonseca não foi apenas sobre lidar com uma separação ou tentar entender a sensibilidade da filha. Foi sobre se reencontrar como mulher, como mãe, e como ser humano diante do invisível. Foi sobre acreditar que o amor é mais forte do que a ausência — e que, mesmo quando tudo parece desabar, sempre há uma luz que guia e consola.