Um vídeo recente que circula nas redes sociais está dando o que falar — e por bons motivos. Em um desabafo sincero, indignado e extremamente emocional, uma mulher traz à tona um tema profundo que muitos preferem ignorar: até que ponto a fama, o dinheiro e a imagem pública conseguem esconder comportamentos prejudiciais dentro da vida familiar?

O alvo da crítica? Ninguém menos que Neymar Jr., um dos maiores nomes do futebol brasileiro. A autora do vídeo, que não se identifica diretamente, inicia o relato com uma reflexão que tem mexido com milhares de internautas: “Como alguém pode destruir tanto o que construiu?” A pergunta ecoa entre frases carregadas de frustração, indignação e dor — sentimentos que muitas mulheres, principalmente mães solo, conhecem de perto.

Durante quase seis minutos, ela discorre sobre a forma como Neymar, mesmo sendo um ídolo para muitos, se mostra um péssimo exemplo quando se trata de maturidade, respeito e responsabilidade familiar. Um dos pontos mais polêmicos do vídeo é a acusação de que Neymar traiu sua companheira durante a gestação, e não apenas uma, mas três vezes. “Alguém que faz isso com uma mulher grávida não pode ser um bom pai”, afirma com firmeza.

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A fala ressoa com tantas mulheres que passaram ou passam pela exaustão mental de criar filhos sozinhas, enquanto lidam com o abandono emocional — e muitas vezes financeiro — por parte dos pais das crianças. A autora do vídeo usa sua própria experiência como ponto de partida para ilustrar o impacto profundo que atitudes negligentes dos pais podem ter não apenas nas mães, mas nos filhos.

Ela critica a romantização de pais ausentes ou tóxicos apenas porque “pagam pensão” ou “aparecem em fotos sorrindo com os filhos”, ressaltando que dar dinheiro não supre a ausência, o desrespeito ou a humilhação. “Os buracos são muito outros”, ela diz. E completa com uma das frases mais impactantes do vídeo: “Não tem como ser um bom pai sendo um péssimo homem com a mãe do seu filho.”

Outro ponto que chama atenção é o apelo à consciência coletiva. A autora convida os seguidores a refletirem antes de curtirem qualquer publicação de celebridades como Neymar: “Você queria que sua filha tivesse um filho com ele?” A pergunta não é apenas provocadora, mas instiga o público a repensar a maneira como idolatra figuras públicas sem considerar seu comportamento fora dos holofotes.

Ao longo do desabafo, ela também desmonta o argumento de que o dinheiro compensa tudo. “Só uma mãe sabe que dinheiro nenhum alivia a exaustão mental ou a dor diária de criar um filho sem apoio”, afirma. E cita situações comuns vividas por muitas mulheres: ter que sorrir enquanto está emocionalmente destruída, criar filhos sozinha, lidar com o atraso ou corte de pensão e ainda suportar a pressão social que responsabiliza a mãe por tudo.

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A resposta nas redes não demorou a vir. O vídeo viralizou em poucas horas, gerando uma enxurrada de comentários — muitos em apoio ao desabafo, outros em defesa do jogador. A polêmica reacendeu um debate necessário sobre como a sociedade ainda se cala (ou até aplaude) quando homens poderosos desrespeitam as mulheres que são mães de seus filhos.

A força do vídeo não está apenas nas palavras duras, mas na coragem de dizer em voz alta o que tantas outras pensam e sentem. É uma crítica ao machismo estrutural, à cultura do silêncio, à romantização do “pai herói” que aparece uma vez por mês e ganha aplausos, enquanto a mãe carrega sozinha o peso emocional, físico e psicológico de criar uma criança.

É claro que o nome de Neymar por si só já movimenta discussões — seja por lances em campo, lesões ou episódios fora das quatro linhas. Mas este vídeo vai além. Ele não é só sobre Neymar. É sobre todas as mulheres que são desacreditadas, julgadas e silenciadas quando tentam apontar comportamentos abusivos ou negligentes, especialmente quando envolvem figuras famosas.

O desabafo termina com um alerta direto: “Um bom pai jamais faria isso com uma mulher grávida.” E é com essa frase que muitas mães se sentiram vistas e validadas.

O impacto? Já está nas conversas, nos compartilhamentos e, principalmente, nas reflexões que esse tipo de conteúdo provoca. Afinal, a fama não pode — e não deve — encobrir a verdade sobre o que significa ser pai de verdade. O Brasil está assistindo. E desta vez, muitos estão ouvindo com mais atenção.