Um desabafo sincero e comovente tomou conta das redes sociais nesta semana. Uma jovem, ainda visivelmente abalada, veio a público explicar os acontecimentos que antecederam a morte repentina e misteriosa de seu irmão — conhecido apenas como “F.” — e o relato deixou milhares de pessoas com o coração apertado e a cabeça cheia de perguntas.

Segundo ela, tudo começou na semana anterior, quando o chefe do irmão tentou entrar em contato por diversas vezes, sem sucesso. Preocupado com o sumiço, ele procurou a irmã pelo Instagram e pediu seu número de telefone. Ao conversar com ela, revelou que F. não atendia ligações nem respondia mensagens desde o dia anterior. Chegou, inclusive, a ir até o apartamento do rapaz, mas ninguém atendeu a porta.

Diante da situação, a irmã, já em alerta, conseguiu que um amigo do irmão fosse até o local. Um chaveiro foi chamado e, ao abrir o apartamento, encontrou F. deitado na cama, dopado e com dificuldades para se manter acordado. Ainda segundo o relato, ele foi se recuperando aos poucos, mas no dia seguinte, ao invés de demonstrar gratidão pela preocupação, reagiu com agressividade e acusou a irmã de “armar um circo”.

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“Foi o jeito dele”, lamentou ela, tentando justificar o comportamento do irmão, que aparentemente lidava com problemas de saúde mental e uso de medicamentos.

No entanto, o pior ainda estava por vir.

No final de semana seguinte, F. conversou com a mãe, dizendo que iria ao teatro. Tudo parecia normal. Mas no domingo, ele simplesmente desapareceu novamente. Nenhuma ligação completava, nenhuma mensagem chegava. As redes sociais estavam em completo silêncio — algo incomum para ele, segundo a irmã.

A família tentou contato por diversas formas. Na segunda-feira, sem notícias, a irmã decidiu acionar a recepcionista do prédio. A funcionária informou que não havia visto F. o dia todo. A pedido da irmã, ela subiu e bateu na porta do apartamento. Foi então que algo estranho aconteceu: alguém respondeu de dentro, perguntando “quem é?”. Com isso, todos imaginaram que F. estava bem e apenas queria descansar. A irmã, aliviada, foi dormir.

Mas o silêncio continuou no dia seguinte. Nenhuma resposta, nenhuma mensagem. O coração apertado voltou com tudo. Foi então que ela decidiu repetir o processo: chamou novamente um chaveiro para abrir o apartamento.

Dessa vez, o choque foi imediato.

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Ao tentar empurrar a porta, o chaveiro não conseguiu. Do outro lado, o corpo de F. estava caído, impedindo a entrada. A polícia e o corpo de bombeiros foram acionados. Quando finalmente conseguiram entrar, já era tarde: F. estava sem vida.

Durante a perícia, foram encontrados diversos objetos no apartamento, entre eles, antidepressivos. Um dado que reforça a ideia de que F. vinha lutando contra questões emocionais há algum tempo. Mas o que deixou a família ainda mais confusa foi o detalhe envolvendo a recepcionista: se alguém respondeu à porta no dia anterior, quem foi?

“Se a recepcionista ouviu alguém falando lá dentro, como pode meu irmão estar morto na entrada no dia seguinte?”, questionou a irmã, sem esconder a angústia.

Até o momento, a causa exata da morte não foi oficialmente confirmada, e muitas perguntas seguem sem resposta. A família está em luto, lidando com a dor de uma perda inesperada e, ao mesmo tempo, com as incertezas que cercam os últimos momentos de F.

O relato, publicado nas redes sociais, viralizou rapidamente. Muitos internautas se solidarizaram com a dor da irmã e elogiaram a coragem dela em compartilhar a história mesmo em meio ao sofrimento. Outros, por outro lado, levantaram questionamentos sobre os detalhes do caso, especialmente sobre a suposta voz ouvida pela recepcionista.

O que se sabe até agora é que F. vinha enfrentando um momento delicado, com sinais claros de abatimento e afastamento social. A irmã, visivelmente devastada, encerra o vídeo afirmando que está a caminho de São Paulo para se encontrar com outros familiares e decidir os próximos passos.

O caso serve como um lembrete doloroso sobre a importância de prestar atenção aos sinais silenciosos daqueles que amamos. Muitas vezes, o sorriso no rosto ou uma ligação breve escondem batalhas internas profundas.

E, infelizmente, nem sempre dá tempo de ajudar.