O retorno de Neymar ao Santos foi recebido como um acontecimento histórico. Para muitos, tratava-se do reencontro entre o clube e seu maior ídolo do século XXI — o menino que virou lenda e voltou para “salvar” o time do coração. Mas a realidade dentro de campo tem sido bem diferente da narrativa sonhada. Apesar do talento inegável e da paixão que demonstrou ao vestir novamente a camisa alvinegra, Neymar ainda não conseguiu mudar o destino de um Santos que continua lutando contra o rebaixamento.
Nos números, a presença do craque faz diferença: com ele em campo, o time tem um aproveitamento quase duas vezes maior do que sem ele. Só que o futebol vai além das estatísticas — e é justamente aí que a relação entre Neymar, o elenco e a torcida começa a se desgastar.
Durante o recente duelo contra o Flamengo, o atacante mostrou lampejos da genialidade que o consagrou. Foi o jogador que mais tocou na bola e aquele por quem quase todas as jogadas ofensivas passaram. Mesmo “andando” em alguns momentos, como ironizaram os comentaristas, Neymar foi o cérebro e o coração do Santos. O problema é o que veio depois: irritação, gestos de descontentamento, discussões com o técnico e até uma saída precoce para o vestiário — atitude que repercutiu mal entre torcedores e analistas.

“Ele se portou como uma entidade acima dos outros, não como parte de um grupo de 25 caras tentando salvar o Santos do rebaixamento”, resumiu um dos comentaristas. De fato, a imagem que ficou é a de um Neymar isolado, incomodado e, muitas vezes, impaciente com a limitação técnica dos companheiros.
E há um fundo de verdade nessa frustração. Os jogadores do Santos, em sua maioria jovens e inexperientes, parecem não entender o ritmo e o pensamento do camisa 10. “O Neymar passa para alguém devolver rápido, e o cara domina, gira, perde tempo. É desesperador”, comentou outro analista. Essa desconexão tem se tornado cada vez mais evidente em campo — e o resultado é um time desorganizado, sem confiança e visivelmente tenso quando o ídolo reclama.
O ponto central da crítica, no entanto, não é técnico, mas comportamental. Neymar, que ostenta a braçadeira de capitão, ainda não conseguiu encontrar o tom certo para liderar. Seu talento é indiscutível, mas sua postura tem sido alvo de questionamentos. Braços abertos a cada erro, tapas na coxa, gestos de impaciência e cobranças públicas aos companheiros criam um ambiente de pressão que mina a confiança dos mais jovens.
“É muito melhor bater uma palminha, mesmo que seja mentirosa, do que reclamar o tempo todo”, destacou um dos comentaristas. A lógica é simples: um time fraco tecnicamente só tem chance se estiver confiante. E confiança não nasce da bronca, mas do apoio.

O que mais chama atenção é que Neymar, com toda a sua experiência, parece ainda não ter entendido a dimensão simbólica de seu retorno. Quando voltou à Vila Belmiro, não era apenas um jogador vestindo novamente a camisa 10 — era a volta de uma entidade, de um ícone que carrega sobre os ombros a esperança de um clube e de milhões de torcedores. Mas dentro de campo, sua postura tem se aproximado mais da de alguém que se vê acima do grupo, e não como parte dele.
A comparação feita por alguns jornalistas com Cristiano Ronaldo em Portugal é pertinente. O craque português também enfrentou fases difíceis com sua seleção, mas soube transformar sua presença em motivação coletiva. Mesmo fora da final da Euro 2016, lesionado, foi visto à beira do campo, gritando, orientando e vibrando como um técnico. É esse tipo de liderança que o Santos — e talvez o próprio Neymar — mais precisam neste momento.
Os números ajudam a explicar parte da história. Neymar é o jogador do Santos que mais finaliza, mais cria chances e mais participa das jogadas. Também é o que mais erra, o que mais perde a bola e o que mais desperdiça oportunidades — reflexo de um time que depende demais dele. No Campeonato Brasileiro, ele não aparece entre os cinco melhores em nenhuma estatística geral. Está no top 10 em alguns quesitos, mas longe do impacto que já teve na Europa ou na Seleção.
Ainda assim, não há dúvidas de que o Santos joga melhor com ele. O problema é que “melhor” não tem sido suficiente. O time segue estagnado, próximo da zona de rebaixamento, e Neymar, embora queira ser o herói, ainda não conseguiu assumir o papel de líder que o momento exige.
No fundo, o grande drama é humano: como um craque acostumado a ser o centro das atenções, referência de uma geração, lida com a frustração de jogar ao lado de companheiros que não falam a mesma “língua” futebolística? E mais: como aceitar que talvez o auge já tenha passado e que agora o desafio é outro — inspirar, orientar e dividir o protagonismo?
O retorno de Neymar ao Santos ainda pode ser lembrado como um gesto de amor e redenção, mas, por enquanto, tem sido uma história de solidão. O craque voltou para resgatar o clube, mas talvez precise primeiro resgatar a si mesmo — não o jogador genial, mas o líder que o Santos tanto espera ver em campo.
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