Quando Zé e Virgínia anunciaram sua separação em rede nacional, ninguém ficou mais abalado do que ele — o pai de um dos dois, avô das crianças, e o elo emocional que unia toda a família. Em um relato sincero e comovente, ele abriu o coração sobre como esse rompimento destruiu não só um casal, mas todo um laço familiar construído com amor e dedicação.

“Eu tô morto por dentro, vivo por fora.”
Foi assim que ele descreveu seu estado emocional ao ser perguntado sobre o impacto da separação. Sem esconder as lágrimas nem o abalo físico e psicológico, ele revelou algo que muitos pais e avós evitam expor: a dor de ver os filhos e netos se afastarem em silêncio, sem aviso, sem explicações.

A história ganhou repercussão não só pelo rompimento em si, mas pela forma como ele soube da notícia: pela televisão. “Quando eles falaram na TV, eu fiquei sem chão. Eu pensei: não é possível que eles estão falando isso. E a gente? E a família? E os meninos, as crianças?”

Ele não foi avisado antes. Não teve chance de conversar, de entender, de acolher. Foi pego de surpresa, como o resto do público — mas com a diferença de que, para ele, não era apenas uma fofoca de celebridades. Era sua família que estava se desmanchando ali, ao vivo, diante dos olhos de todo o país.

“O psicológico ficou abaladíssimo”, confessou, ao falar sobre os sintomas físicos que enfrentou desde então. “Herpes na língua, na bunda… nunca tinha dado em mim, agora deu. É o emocional mesmo.” Um reflexo claro do quanto o choque abalou seu corpo e mente.

Para ele, a dor vai além da tristeza. É uma sensação de impotência. De ver o que antes era uma família unida, feliz e esperançosa, se transformar em silêncio, distância e saudade. “A gente virou uma família só, né? Eu amava eles como se fossem um só. Do dia pra noite, tudo acabou.”

E mais do que a dor, há o vazio das perguntas sem resposta. “Nunca perguntei o porquê. Não sei o que aconteceu. Só eles podem dizer. Muita gente me pergunta, mas eu digo: eu não sei. Eles vivem lá entre quatro paredes, só eles sabem.”

Apesar de tudo, ele deixa claro que jamais tentou interferir. “Tem que respeitar. É o momento deles.” Ainda assim, não esconde que esperava mais maturidade. “Se fossem um pouco mais maduros, não teria acontecido isso. Casaram muito rápido. Poderiam ter esperado um pouco mais.”

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Mas como ele mesmo diz, “Deus sabe”. É a frase que repete como um mantra para se agarrar à esperança de que o tempo possa curar, ou pelo menos amenizar, as feridas que ficaram.

Hoje, ele vive dias silenciosos, muitas vezes sem conseguir dormir, com o pensamento fixo nos netos e no que a separação representou para as crianças. “As joias raras que são os netos, né? De repente, tudo mudou. A gente fica pensando sem parar.”

Mais do que um depoimento sobre uma separação, essa história é um retrato cru do impacto emocional que as decisões de um casal podem ter em toda uma rede de pessoas que os amam. Um lembrete de que o amor vai além de dois — ele envolve laços, gerações e corações que batem juntos, mesmo à distância.

E, no meio desse silêncio cheio de saudade, um avô segue firme, tentando ser forte por todos. Mesmo “morto por dentro”, ele permanece “vivo por fora” — porque amor de avô não desaparece com um fim. Ele permanece, resistindo à dor, em nome de tudo o que foi vivido.