Faltavam apenas duas semanas para o Natal quando algo incomum começou a circular pelos corredores do SBT. Em meio a árvores decoradas, luzes douradas e chamadas festivas, o clima estava longe de ser de celebração. Naquela segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, uma decisão tomada a portas fechadas colocou a emissora em estado de alerta e deu início a uma das crises mais comentadas do ano nos bastidores da televisão brasileira.

O motivo tinha nome e sobrenome: Virgínia Fonseca. A influenciadora, que desde abril de 2024 comandava o programa “Sabadou com Virgínia” e vinha sendo tratada como uma das apostas da nova fase do canal, havia sido retirada do Especial de Natal do SBT. A escolha partiu diretamente de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos e uma das principais responsáveis pelas decisões de conteúdo da emissora.

A notícia caiu como uma bomba. Até então, Virgínia aparecia normalmente nas listas preliminares do especial, com participação garantida e ações promocionais previstas. Nada indicava que seu nome seria cortado. Mas bastou uma reunião estratégica, realizada dias antes no prédio da Anhanguera, para que o cenário mudasse completamente.

Segundo relatos internos, o encontro tinha como objetivo definir os detalhes finais do Natal 2025. Quem participaria, quem teria destaque e quais mensagens a emissora gostaria de transmitir ao público. Em determinado momento, Patrícia pediu um levantamento detalhado da repercussão recente envolvendo a imagem de Virgínia. Não apenas números de audiência, mas percepção do público tradicional do SBT, reação de patrocinadores e possíveis ruídos de imagem.

O diagnóstico apresentado à mesa dividiu opiniões. De um lado, estava uma influenciadora com enorme engajamento digital, forte apelo comercial e capacidade comprovada de atrair o público jovem. Do outro, crescia um desconforto de parte da audiência mais conservadora da emissora, que via com ressalvas algumas polêmicas recentes, exposição excessiva da vida pessoal e episódios de bastidores que circularam nas redes.

Nada ilegal, nada explícito, mas suficiente para acender um sinal de alerta em uma emissora conhecida historicamente por preservar uma imagem familiar e cuidadosa. Foi nesse momento que Patrícia teria feito a pergunta que mudou tudo: o especial de Natal precisa unir ou provocar?

A partir dali, o tom da reunião mudou. Executivos lembraram que o Natal do SBT sempre foi tratado como símbolo, não como laboratório. Um programa pensado para atravessar gerações, conversar com famílias inteiras e carregar a memória afetiva ligada ao nome de Silvio Santos. A dúvida passou a ser se Virgínia, naquele contexto específico, ainda representava esse espírito.

Houve tentativas de defesa. Alguns produtores argumentaram que excluir a maior influenciadora da casa soaria contraditório com o discurso de renovação da emissora. Outros foram mais cautelosos e reforçaram que o Natal não era o espaço ideal para lidar com possíveis divisões de opinião. Ao final, Patrícia foi direta. Reconheceu o sucesso de Virgínia, elogiou sua força comercial, mas afirmou que aquele não era o momento de misturar polêmicas recentes com uma data tão sensível.

A decisão foi tomada de forma objetiva e silenciosa. Virgínia Fonseca não participaria do Especial de Natal 2025 do SBT. Sem anúncio público, sem comunicado oficial. Pelo menos, por enquanto.

O problema é que, em televisão, silêncio raramente passa despercebido. Virgínia não foi avisada formalmente. Nenhuma ligação, nenhum e-mail. A confirmação chegou de maneira indireta, como costuma acontecer nos bastidores: mensagens atravessadas, conversas evasivas e a ausência total de informações que antes chegavam com naturalidade.

Naquele mesmo dia, ela estava em São Paulo cumprindo compromissos profissionais. Nas redes sociais, tudo parecia normal. Stories sorridentes, frases positivas, rotina habitual. Mas fora das câmeras, o clima era outro. Ao perceber que nada sobre o especial de Natal havia sido tratado com ela, Virgínia decidiu perguntar diretamente a um produtor de confiança. A resposta foi curta e desconfortável: “Ainda estão definindo tudo”.

Pouco depois, veio a confirmação extraoficial. Seu nome havia sido retirado da lista final por decisão editorial. O impacto foi imediato. Segundo pessoas próximas, Virgínia ficou em choque, mais pelo modo como tudo aconteceu do que pela exclusão em si. Não houve discussão, nem cena. Apenas silêncio e uma sensação clara de desprestígio.

Horas depois, ela deixou o estúdio antes do previsto e cancelou compromissos internos. À noite, publicou um story aparentemente inocente, falando sobre ciclos, respeito e decisões que não dependem apenas da gente. Não citou o SBT, nem Patrícia. Mas para quem acompanha bastidores, a mensagem foi clara.

Os fãs perceberam na hora. Na manhã seguinte, o nome de Virgínia já figurava entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Perfis dedicados à influenciadora levantaram a hipótese de que ela havia sido cortada do Natal da emissora. A teoria ganhou força quando outros apresentadores confirmaram presença nas gravações, menos ela.

A reação foi intensa. Comentários de revolta, acusações de desrespeito e críticas à condução da nova fase do SBT começaram a se espalhar. O que era uma decisão interna virou crise de imagem. Patrocinadores passaram a questionar a ausência da influenciadora e o departamento de comunicação foi orientado a manter silêncio absoluto, acreditando que o assunto esfriaria.

O efeito foi o oposto. Cada hora sem resposta alimentava ainda mais a curiosidade do público. Enquanto isso, Virgínia seguia ativa, porém mais contida. Suas publicações passaram a ter um tom reflexivo, falando sobre escolhas, gratidão e novos caminhos. Para muitos, era um sinal de que algo havia mudado de forma definitiva.

A confirmação final veio de maneira quase acidental. Um material interno do Especial de Natal começou a circular entre funcionários e parceiros comerciais. Simples, técnico, mas com um detalhe impossível de ignorar: o nome de Virgínia Fonseca não aparecia em lugar nenhum. Aquilo encerrou qualquer dúvida. Ela estava oficialmente fora.

A informação vazou e a reação foi imediata. Perfis de fofoca divulgaram prints, o público se sentiu traído e a pressão sobre a emissora aumentou. Dentro do SBT, o clima virou crise. Alguns defendiam uma nota oficial. Outros insistiam no silêncio. Patrícia Abravanel manteve sua posição, mas já recebia relatórios diários sobre o desgaste crescente.

Do outro lado, Virgínia fez um movimento pequeno, porém simbólico: deixou de seguir perfis ligados à emissora. Depois, publicou um vídeo curto falando sobre portas que se fecham para que outras se abram. Sem ataques, sem nomes, mas com uma mensagem impossível de ignorar.

A partir daquele momento, a narrativa saiu completamente do controle. O Natal do SBT, que deveria ser união e celebração, passou a ser marcado por uma ausência barulhenta. E a pergunta que agora domina os bastidores é inevitável: essa decisão foi apenas pontual ou representa uma ruptura definitiva entre Virgínia Fonseca e a emissora?