O que parecia ser uma separação tranquila entre Zé Felipe e Virgínia Fonseca, agora ganha contornos bem mais delicados e milionários. O cantor entrou com um processo na Vara da Família em Goiânia no dia 24 de julho, pedindo a prestação de contas e o bloqueio de metade dos bens da influenciadora digital. A estimativa é que o patrimônio em disputa ultrapasse os R$ 100 milhões.

O processo veio à tona poucos dias após o casal postar uma foto em clima familiar nas redes sociais — imagem feita no dia 25, já com a ação judicial em andamento. Isso surpreendeu o público, que ainda via os dois juntos, mesmo com o divórcio já em curso.

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Segundo o pedido de Zé Felipe, ele quer acesso completo aos extratos bancários de Virgínia e detalhes sobre os bens que estão em nome dela. O argumento? Durante os cinco anos de casamento, ele não teria participado diretamente da administração do patrimônio, e agora teme que parte dos bens adquiridos durante a união estejam sendo omitidos.

O cantor, filho de Leonardo, se diz no escuro sobre as movimentações financeiras da ex-esposa. Por isso, decidiu recorrer à Justiça. A separação ocorreu sob o regime de comunhão parcial de bens — o que significa que tudo que foi adquirido durante o casamento, independentemente de estar no nome dele ou dela, é considerado dos dois, salvo raras exceções.

Entre os bens em questão está o famoso jatinho que Virgínia teria dado de presente ao ex-marido, mas que está registrado no nome dela. Há também holdings e empresas — como a influente marca de cosméticos WiPink, da qual Zé também é sócio. Além disso, Virgínia está investindo milhões em uma nova academia de luxo em Goiânia. A dúvida que surge: o dinheiro usado veio de recursos comuns do casal?

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Para a advogada Patrícia Paniza, especialista em direito de família, esse tipo de disputa não é incomum quando há empresas envolvidas. Segundo ela, o grande desafio está em descobrir quais bens foram adquiridos com dinheiro do casal e quais são individuais. “Mesmo que um bem esteja no nome de apenas um dos cônjuges, se ele foi comprado durante o casamento, a lei presume que é dos dois”, explica.

A situação se complica ainda mais com a existência de holdings. Essas estruturas jurídicas são criadas justamente para proteger o patrimônio, e a Justiça pode ter dificuldade em acessar os detalhes caso não haja provas contundentes de fraude ou tentativa de ocultação de bens. Ainda assim, se for constatado que houve uso de recursos do casal na formação dessas holdings, elas entram na partilha.

O caso está longe de ser simples — e ainda mais longe de terminar. Processos de partilha com grandes patrimônios podem levar anos para serem concluídos. E mesmo que o bloqueio de bens tenha sido solicitado, ainda não se sabe se o juiz aceitará o pedido. É necessário apresentar provas sólidas de que há risco de ocultação ou prejuízo à divisão justa dos bens.

Enquanto isso, o público acompanha tudo de perto. A vida do ex-casal, que sempre foi escancarada nas redes sociais, agora se desenrola também nos tribunais. Em entrevista recente, o cantor Leonardo, pai de Zé Felipe, tentou amenizar a situação dizendo que continuará vendo Virgínia como parte da família: “Não existe ex-sogra”, brincou.

Mas nos bastidores, o clima já não parece tão amigável. O que começou com promessas de carinho eterno e fotos felizes agora pode terminar em uma longa e polêmica batalha por milhões. O tempo — e a Justiça — dirão quem fica com o quê.