O PSG vive dias de tensão no Campeonato Francês, e o nome de Neymar está no centro das discussões. No último domingo, a equipe empatou em 1 a 1 com o Reims, em um jogo marcado pelo talento do brasileiro, que marcou o único gol do Paris Saint-Germain. Apesar do lance bonito, a partida terminou com um gosto amargo, principalmente porque o gol do empate dos adversários veio nos minutos finais.

O treinador do PSG, Alain Galtier, não escondeu seu desapontamento. “Estamos desapontados com nosso desempenho. Não vamos mais nos refugiar atrás do calendário ou do período pós-Copa. Precisamos nos reinventar. Não é suficiente quando se joga no PSG apenas trabalhar bem na semana. É preciso que isso se reflita no gramado”, afirmou o técnico. Ele reforçou que decisões importantes terão de ser tomadas para que a equipe recupere o rendimento da primeira parte da temporada, antes da pausa para a Copa do Mundo.

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Para Neymar, o domingo foi um misto de brilho e preocupação. Apesar de ter marcado um belo gol, ele sofreu uma entrada forte ainda no primeiro tempo, precisando deixar o campo na segunda etapa. Essa substituição gerou questionamentos de torcedores e comentaristas, principalmente porque o craque vinha atuando bem na partida. Alguns internautas sugeriram que a substituição estaria ligada à entrada dura que recebeu, enquanto outros apontaram o desconforto físico como justificativa.

Na quarta-feira seguinte, Neymar já havia ficado de fora da vitória do PSG sobre o Montpellier, por 3 a 1, devido a fadiga muscular. Na manhã de sexta-feira, o clube confirmou que ele também não jogaria contra o Toulouse no sábado, por sentir um desconforto na coxa. Apesar do talento em campo, o brasileiro não participou da tradicional aplauso à torcida após a partida, decisão que gerou críticas nas redes sociais.

Foi nesse contexto que Thierry Henry, lenda do futebol francês, falou sobre a situação do astro brasileiro. Com seu olhar experiente, Henry comentou que Neymar é insubstituível no PSG e destacou que a substituição do craque no domingo não fez sentido. Segundo ele, o jogador tem papel central no time e é capaz de decidir partidas sozinho. O ex-atacante francês também explicou que a ausência do brasileiro na saudação à torcida pode ser entendida como uma forma de se preservar, já que, em ocasiões anteriores, torcedores chegaram a vaiar ou pedir a saída do jogador.

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A situação do PSG se complica ainda mais com a aproximação de um dos confrontos mais importantes da temporada: as oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique. O clube terá que lidar com a ausência de Neymar e também de Mbappé, que foi confirmado fora do primeiro jogo da série. A combinação de jogadores-chave fora de combate e o desempenho irregular após a pausa para a Copa do Mundo acende sinais de alerta para a equipe francesa, que precisa se reencontrar antes de desafios decisivos.

O debate sobre a postura de Neymar também é intenso. Muitos fãs e especialistas defendem que, apesar de tudo, é obrigação de um jogador aplaudir a torcida após o apito final. Outros entendem que situações excepcionais, como cansaço, lesão ou críticas da própria torcida, podem justificar o gesto do atleta de deixar o campo sem a tradicional reverência. Thierry Henry, por sua vez, optou por valorizar o talento e a importância de Neymar para o PSG, destacando que o craque brasileiro continua sendo peça insubstituível, mesmo em meio a críticas e polêmicas.

Com a temporada chegando a momentos decisivos, a atenção estará voltada para a recuperação física e o rendimento de Neymar, bem como para a reação do PSG diante de ausências importantes. Uma coisa é certa: o desempenho do clube francês e do seu maior astro será tema de discussão intensa entre torcedores, comentaristas e fãs de futebol pelo mundo todo.