Na noite em que tudo começou, Mara Veil estava esgotada. Dezesseis horas dentro de uma clínica de pronto-atendimento que parecia funcionar no próprio clima: cheiro de antisséptico, café queimado, e uma sensação constante de tensão que pairava no ar como uma nuvem baixa. Três anos naquele lugar tinham endurecido seus sentidos. Até que ele chegou.
Um paciente que se recusava a ser atendido por médicos, sangrando sob uma camisa cara, ladeado por homens em ternos que falavam com os olhos e não com a boca. Um estranho com sotaque impossível de localizar, ferido de forma limpa demais para ser casual. Ele a olhou e não viu apenas uma enfermeira: viu alguém em quem confiar. Alguém cujas mãos não tremiam. Alguém que não fazia perguntas.
Lucian Voss — um nome que ela só conheceria depois — era perigoso, disso ela soube desde o primeiro segundo. Mas também havia algo mais. Algo entre o tom calmo com que ele suportava a dor e o modo como os olhos cor de ardósia molhada nunca desviavam dos dela.
Ela costurou sua pele com a precisão que aprendera da avó, que fazia vestidos de noiva em um porão com uma única janela. Ele suportou cada ponto como uma promessa. E quando tentou pagar com dinheiro, ela recusou — até ele enfiar a quantia diretamente em seu bolso. Um “presente pela discrição”, ele disse.

Naquela noite, Mara não perguntou seu nome. Mas ele a seguiu mesmo assim.
Horas depois, um carro preto a vigiava do lado de fora do seu apartamento. E quando a campainha tocou, foi com um convite que não era exatamente uma escolha: “Mr. Voss solicita sua ajuda”. O mesmo homem da noite anterior. O ferimento tinha infeccionado. Hospital? “Não é uma opção”, ele disse.
Ela foi.
O que encontrou não foi apenas uma mansão de vidro e concreto virada para o mar. Foi um mundo. Guardas armados patrulhavam jardins silenciosos. Havia câmeras escondidas nos cantos, e quartos que pareciam vitrines de revista. No andar de cima, Lucian estava pior. Febre alta, infecção avançando. Ainda assim, ele não a queria como enfermeira — ele precisava dela.
E Mara, contra cada instinto de sobrevivência, ficou.
Naquela madrugada, ela lhe administrou antibióticos que poderiam pagar o aluguel por seis meses. Retirou os pontos, limpou a ferida, e o manteve estável. Ele segurou seu pulso, pediu que ela ficasse. Ela recusou. Ele apenas disse: “Estou pedindo agora.”

Lucian não era apenas um homem. Era algo que não se nomeia com facilidade. Um império invisível, construído sobre sombras e promessas silenciosas. E Mara, com um simples curativo, entrou nesse mundo sem querer.
Na manhã seguinte, ela soube: ele já tinha pago seu aluguel. Seu supervisor na clínica foi informado que ela estaria de licença médica por três dias. E a casa onde ele a mantinha tinha roupas no tamanho dela — como se já a esperasse.
E então veio o golpe final: ela tinha sido rastreada. Um pequeno dispositivo escondido em seu crachá de trabalho. Alguém a usava para chegar até Lucian. Ela não era só enfermeira — era isca.
“Agora você fica”, ele disse. E pela primeira vez, não soou como uma ameaça. Mas também não era um pedido.
Mara não sabia quem eram os inimigos dele, mas sabia que eles a consideravam parte da equação agora. E no mundo de Lucian Voss, isso podia significar tudo — ou o fim de tudo.
Na segurança frágil da noite, ela o viu dormir. O rosto sem as linhas de comando. Um homem que, por um instante, parecia poder ser apenas isso: um homem.
“Fique”, ele disse, não como ordem, mas como esperança.
E ela ficou.
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