Numa semana marcada por fofocas, polêmicas e julgamentos — alguns nos tribunais, outros nas redes sociais —, duas imagens dominaram a conversa pública no Brasil: uma comovente e silenciosa, outra barulhenta e cheia de indiretas. No centro dessa dualidade? Duas mulheres: Nadine Gonçalves e Luana Piovani.

A primeira imagem surgiu do perfil de Nadine Gonçalves, mãe de Neymar, que postou uma foto doce segurando sua netinha recém-nascida, Mel, filha do jogador com Bruna Biancardi. Com uma legenda simples — “Bem-vinda, bebê. Que Deus abençoe você e guarde-te. Sinta-se amada.” — Nadine conquistou milhares de curtidas e reacendeu o lado afetivo da família mais comentada do país.

A postagem tocou o coração do público, não apenas pela beleza natural do momento, mas pelo que ele representa. No meio de tantas manchetes envolvendo traições, brigas, festas e processos, surge um retrato de calma, de amor, de normalidade. Nadine, que tantas vezes aparece nos holofotes por motivos turbulentos, desta vez encantou ao mostrar apenas isso: uma avó apaixonada pela neta.

O próprio Neymar comentou a publicação com um singelo “Vovó linda”, reforçando uma conexão familiar que muita gente esquece que existe por trás da fama e da polêmica. A cena emocionou justamente por ser simples — e por ir na contramão de tudo que normalmente se vê em torno da família do craque.

Neymar processa Luana Piovani; entenda a briga | CNN Brasil

Mas como toda paz, principalmente no mundo das celebridades, vem acompanhada de tempestade, outra figura feminina ocupava os feeds de fofoca: Luana Piovani. A atriz, que está sendo processada por Neymar por difamação, participou recentemente de uma audiência judicial relacionada ao caso — e, fiel ao seu estilo, não perdeu a chance de transformar o momento em palco.

Em vez de apenas comparecer ao julgamento e tratar o caso com discrição, Luana usou suas redes sociais para disparar indiretas. Em um vídeo publicado antes da audiência, disse com ironia: “Não trouxe camiseta com foto dos meus filhos. Não uso óculos. Prefiro meu cabelo de lado. Moletom só para ir à praia.” A frase foi interpretada por muitos como uma alfinetada direta para Virgínia Fonseca, influenciadora e esposa de Zé Felipe, que esteve recentemente em uma audiência usando uma camiseta com foto da filha.

A fala causou rebuliço. Para alguns, Luana apenas expressou sua autenticidade e fez uma crítica ao espetáculo que algumas celebridades transformam em estratégia midiática. Para outros, a atriz perdeu o tom, atacou gratuitamente e usou um momento sério — um processo judicial — como palco de provocação.

No meio da fala, ainda acrescentou: “Vai haver uma luta do bem contra o mal. E o bem, mesmo legalmente perdendo, moralmente jamais perderá.” A frase dividiu opiniões. Enquanto seus seguidores mais fiéis aplaudiram o posicionamento combativo, muita gente viu apenas egocentrismo, ressentimento e uma tentativa forçada de gerar engajamento.

Luana também criticou o fato de a audiência ter sido virtual e sigilosa, sugerindo que o sistema estaria a favor do poder masculino e contra a voz feminina. A atriz tratou o processo não apenas como uma ação jurídica, mas como símbolo de uma batalha entre gêneros, entre o poder e a verdade — um discurso que, se por um lado encontra eco, por outro soa exagerado num caso tão específico.

Neymar processa Luana Piovani por difamação; relembre a briga

Enquanto isso, Nadine Gonçalves, sem discursos, sem indiretas, sem tretas, publicava uma imagem de paz. Uma foto que transmitia acolhimento, carinho e, sobretudo, afeto real. Mesmo após todo o histórico conturbado entre Neymar e Bruna Biancardi — incluindo traições durante a gravidez —, Nadine escolheu se mostrar presente, amorosa e grata pela vida da neta. Não fez questão de limpar imagem, não tentou controlar narrativa. Apenas postou o que sentia.

E talvez por isso a reação tenha sido tão positiva. Muita gente, acostumada a ver Nadine envolvida nas turbulências do filho, elogiou a leveza do gesto. Era como se, por um instante, todo o barulho parasse. Só existia a foto. A avó. E a neta.

A publicação também levanta uma discussão importante: até que ponto a exposição da pequena Mel é saudável? Filha de um dos atletas mais famosos do mundo, será possível garantir a ela uma infância protegida do espetáculo que cerca seu pai? Ninguém tem essa resposta. Mas o primeiro passo pode ser justamente esse: mostrar que há amor, e que ele vem de todos os lados — mesmo dos mais julgados.

No fim, é isso o que fica. De um lado, a gritaria da internet, os julgamentos, as farpas. Do outro, o silêncio de um colo quente, de uma avó que não quer saber de polêmicas, só de amor. E entre esses dois extremos, nós, espectadores, tentando entender quem somos nesse mundo tão rápido, tão opinativo, tão barulhento.

Talvez o melhor seja fazer como Nadine: calar a voz, abrir os braços — e apenas segurar quem amamos.