“Um corpo na estrada, uma identidade roubada e um mistério que atravessa décadas. Essa é a história de uma jovem que nunca pôde ser quem realmente era – e de um homem que fez de sua vida um labirinto de mentiras.”
Era madrugada de 30 de abril de 1990 quando dois caminhoneiros cruzavam uma estrada escura em Oklahoma, nos Estados Unidos. De repente, algo à beira do asfalto chamou a atenção: um vulto pálido, imóvel. Eles encostaram o veículo e, ao se aproximarem, viram o corpo de uma jovem loira, ainda respirando, mas em estado crítico. A ambulância foi acionada imediatamente, levando a moça ao hospital mais próximo.
Pouco depois, um homem apareceu no pronto-socorro, identificando-se como Clarence Hughes, marido da vítima. Ele disse aos médicos que a mulher se chamava Tonia Hills, era dançarina de boate e mãe de um menino de dois anos chamado Michael. Mas desde o primeiro contato algo soava estranho: Clarence era bem mais velho que a suposta esposa, e seu jeito frio e distante deixava a equipe desconfortável.
Enquanto os médicos lutavam para salvar a vida da jovem, perceberam que ela tinha hematomas antigos espalhados pelo corpo, incompatíveis com um acidente de trânsito — a explicação dada por Clarence. Tonia sofrera um traumatismo craniano e foi levada às pressas para a UTI. Horas depois, apesar de todos os esforços, ela não resistiu. Tinha apenas 20 anos de idade.
Entre as primeiras a questionar a versão de Clarence estava Karen Parsley, melhor amiga de Tonia. Ela conhecera a jovem em 1989, na boate Cassino, em Tulsa. As duas se aproximaram por serem as mais novas do grupo de dançarinas. Karen sempre notou que a amiga era inteligente, adorava ler e tinha um brilho diferente. Mas também percebia sinais preocupantes: hematomas que Tonia justificava como “quedas” e um medo constante do marido.
Certa vez, Tonia confessou a Karen que Clarence havia feito um seguro de vida em seu nome, aumentando ainda mais o clima de terror. Ela dizia sonhar em fugir com o filho, mas não tinha coragem. Clarence controlava todos os seus passos, trancava Michael em casa e a ameaçava caso tentasse deixá-lo.
Depois da morte da amiga, Karen e outras dançarinas decidiram avisar a família de Tonia. Usando listas telefônicas, encontraram um número ligado ao sobrenome Hills. Uma mulher atendeu e, ao ouvir a notícia, respondeu chocada:
“Impossível. Minha filha Tonia Hills morreu quando tinha apenas 18 meses.”
A revelação caiu como uma bomba. Quem era, então, a jovem enterrada sob o nome de Tonia Hills?
Enquanto a polícia tentava desvendar a identidade da vítima, o pequeno Michael foi colocado em um lar adotivo. O casal que o recebeu relatou que ele apresentava sinais de trauma profundo: chorava ao ouvir o nome de Clarence, batia a cabeça no chão quando contrariado e recusava alimentos, aceitando apenas mamadeira com refrigerante. Aos poucos, com cuidado e carinho, ele começou a se acalmar, revelando uma doçura que contrastava com o horror que vivera.
Meses depois, um teste de paternidade trouxe mais uma surpresa: Clarence não era o pai biológico de Michael. Seus direitos de visita foram cancelados. Furioso, em setembro de 1994, Clarence sequestrou o menino na porta da escola, mantendo o diretor como refém antes de desaparecer. O caso mobilizou o FBI em uma caçada nacional.
Durante a investigação, os agentes descobriram que Clarence Hughes era, na verdade, Franklin Delano Floyd, um criminoso com longa ficha por estupro, sequestro e assalto a banco. Ele estava foragido havia mais de 17 anos, vivendo sob identidades falsas.
Mas o enigma da mulher morta continuava. Quem era a “Tonia Hills” que Franklin chamava de esposa?
A resposta começou a surgir quando uma antiga colega de escola reconheceu a foto da vítima em uma reportagem televisiva. Para ela, aquela não era Tonia, mas sim Sharon Marshall, uma brilhante estudante dos anos 1980. Sharon havia conquistado uma bolsa integral para estudar engenharia aeroespacial, mas desaparecera repentinamente, deixando amigos e professores sem explicação.
Investigadores descobriram que Sharon vivia com um homem que se apresentava como seu pai — ninguém menos que Franklin Floyd. Ele a sequestrara quando criança, criando-a como filha para, anos depois, forçá-la a assumir novas identidades e casar-se com ele.
Com cada nova pista, a verdadeira história de Sharon tornava-se mais horripilante. Ela havia passado por uma série de fugas e mudanças de nome — Tonia Hughes, Tonia Tadlock, Linda Williams — sempre sob o controle de Franklin. Em cada cidade, uma nova mentira. Em cada documento, uma nova vida inventad
Michael foi encontrado meses após o sequestro, fisicamente ileso, mas emocionalmente marcado para sempre. Franklin Floyd foi preso, julgado e condenado à morte. Até hoje, nunca revelou todos os detalhes de seus crimes, mantendo em silêncio segredos que provavelmente levará para o túmulo.
Somente anos depois, com testes de DNA e novas investigações, veio a última peça do quebra-cabeça: a verdadeira identidade de Sharon. Ela era, na realidade, Suzanne Marie Sevakis, uma garotinha sequestrada por Franklin nos anos 1970, quando ele se casou com sua mãe biológica.
Essa história não é apenas um caso criminal. É um retrato sombrio de manipulação, abuso e controle, mostrando até onde um predador pode ir para apagar a identidade de sua vítima.
Suzanne — que viveu como Sharon e morreu como Tonia — sonhava com as estrelas, queria estudar engenharia e conquistar o espaço. Em vez disso, passou a vida presa nas garras de um homem que a transformou em propriedade.
Hoje, sua memória permanece como um alerta e um tributo: por trás dos nomes falsos e documentos forjados, havia uma menina que amava ler, sonhar e proteger o filho acima de tudo. Uma jovem que, mesmo privada da liberdade, manteve a coragem de amar — e cujo verdadeiro nome só o tempo conseguiu devolver ao mundo.
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