A separação entre Zé Felipe e Virgínia ganhou um novo capítulo marcado por tensão e desconfiança: o cantor entrou na Justiça pedindo o bloqueio de metade do patrimônio da ex-esposa. Segundo a jornalista Fabíola Hyper, o valor total em disputa chega a R$200 milhões, e ele solicitou a retenção de R$100 milhões enquanto o processo está em curso.

O procedimento foi protocolado na sexta vara de Goiânia em 24 de julho. Nele, Zé Felipe exige a divisão dos bens adquiridos durante o casamento e propõe a retenção cautelar desse montante considerável, sob a justificativa de que precisa apurar a origem dos bens e a composição do patrimônio que aparece em nome da empresária. Entre os documentos que ele deseja incluir estão os extratos bancários detalhados de Virgínia.

De acordo com o processo, Zé Felipe afirma que, ao longo dos cinco anos de relação, não participou da gestão de boa parte dos bens acumulados por ela — sugerindo que determinadas aquisições levantam suspeitas quanto à forma como foram realizadas. O cantor faz questão de deixar claro que solicita o que acredita ser seu por direito.

Isso tudo lança uma nova luz sobre a paisagem pública construída por eles nas redes: os registros de família feliz, unidos e alegres, podem agora esconder cortes profundos. A disputa, mais do que patrimonial, mostra a fragilidade de um cenário que até então parecia estável.

Em resposta ao caso, especialistas consultados pela imprensa explicam que a oposição de corpos distintos aos bens — ou seja, o que está em nome dele — não pode ser atingida pela ordem judicial. “Se ele bloqueia 50% da fortuna que considera sua, evita que R$100 milhões sejam movimentados até a decisão final” — foi assim que um advogado resumiu o que está em jogo.

Mas esse movimento judicial também traz à tona um jogo de narrativas e estratégias. Há quem afirme que a separação e o pedido de bloqueio surgiram logo após polêmicas envolvendo denúncias relacionadas às empresas do casal, servindo como cortina de fumaça para desviar a atenção da CPI das “bets”.

Virginia abre jogo sobre divisão de fortuna milionária com Zé Felipe

Ou seja: além do trâmite jurídico, corre nos bastidores a suspeita de que tudo faz parte de um plano bem orquestrado, com vazamentos estratégicos à imprensa para desviar o foco enquanto o processo se desenrola.

Aos olhos do público, a separação parecia quase um enredo ensaiado — anunciou-se no momento certo e ganhou amplitude nos tablóides. Agora, com o pedido de bloqueio, a disputa entra em outra fase, mais dura e palpável.

Rolam boatos também sobre o portfólio de imóveis atribuídos a Virgínia: um jatinho, um duplex no Campo Belo (São Paulo), dois apartamentos em Goiânia, uma casa em Mangaratiba, sítios e terrenos em Santa Catarina, além de salas comerciais e empresas de participação direta ou indireta. Tudo registrado no nome da influenciadora.

Já o que consta em nome de Zé Felipe é bem mais modesto — segundo as mesmas fontes e relatos: uma chácara em Goiânia, dois lotes residenciais, alguns pés de frutas (como manga e piqui), um jet ski, além de participação majoritária em suas próprias empresas.

Esses detalhes, em meio ao turbilhão de acusações e defesas, mostram que muito além de números e papéis, estão a construção de versões e o confronto de narrativas. De um lado, um patrimônio aparentemente robusto e recall de imagem pública. Do outro, um pedido formal de transparência e razão.

No fim, cabe à Justiça — com cautela e análise atenta — decidir qual parcela de bens foi realmente fruto de esforço comum e qual tem origem incerta, exigindo explicação. Até lá, os R$100 milhões bloqueados permanecem como símbolo de uma separação que já ultrapassou as fronteiras dos dramas domésticos para entrar no campo do espetáculo midiático.