Com a voz embargada e o olhar firme, Camylinha Santos, nome artístico de Camila Maria Silva Félix, emocionou o Brasil ao se pronunciar pela primeira vez sobre sua história, sua infância marcada por dores profundas, e principalmente, sobre a relação com Ítalo — figura central de uma recente polêmica que tomou as redes sociais. Seu relato, carregado de emoção e sinceridade, rompeu o silêncio e trouxe à tona uma verdade até então escondida por trás de críticas e julgamentos.

Camylinha nasceu em Cajazeiras, no interior da Paraíba. Filha única, cresceu em um lar humilde onde sua mãe, empregada doméstica, lutava todos os dias para garantir o básico. A infância de Camila, porém, foi marcada por mais do que dificuldades financeiras. Ela revelou que foi vítima de violência dentro de casa. Seu pai biológico, ou como ela prefere chamar, “genitor”, era agressivo, batia nela e em sua mãe. Em um dos trechos mais comoventes do vídeo, ela relata que chegou a se colocar na frente da mãe para protegê-la, impedindo que a violência fosse ainda maior.
“Vi minha mãe levando cuspida na cara dele… Eu não tenho orgulho de lembrar disso, mas eu precisei enfrentar aquilo para ter minha mãe comigo hoje”, disse, com a voz trêmula.
Toda essa dor acumulada desde cedo a levou a sofrer crises psicológicas, automutilações e um histórico de tratamentos que pouco adiantavam. Foi nesse cenário sombrio que apareceu Ítalo — e segundo Camila, tudo começou a mudar.
Ela conheceu Ítalo ainda criança, por volta dos oito ou nove anos, dançando na praça de sua cidade. A conexão foi imediata. Ítalo a convidou para participar de suas aulas de dança, e dali nasceu um vínculo que, como ela mesma descreve, “foi amor de pai e filha desde o início”.
“Ele foi meu refúgio… enquanto todos me julgavam, ele viu brilho em mim. Quando eu pensei que não valia mais nada, ele me mostrou que valia tudo.”
Camylinha conta que parou de se automutilar após conhecê-lo. Que encontrou fé, autoestima e propósito. Foi ele quem a ensinou a acreditar em Deus, a se cuidar, a sonhar. E foi com ele — e com a força da mãe — que ela começou a construir a vida que tem hoje: uma casa confortável, estudo em uma escola melhor, autoestima resgatada, e um futuro cheio de possibilidades.
Mas nada disso, segundo ela, parece importar para quem vê apenas a aparência.
“A verdade é que ninguém quer saber o que tem por trás da minha história. Só querem julgar… julgar… julgar”, desabafou.
Nos últimos meses, Ítalo se viu envolvido em acusações graves, que Camylinha fez questão de negar com firmeza. “Ele nunca me deu bebida, nunca me explorou, nunca abusou de ninguém. Ele só deu amor. Só amor. Ele não é nada disso que estão falando.”

E esse julgamento generalizado, de acordo com ela, tem raízes mais profundas. Camylinha questiona se parte do preconceito vem do fato de Ítalo ser negro, homossexual e se vestir de maneira diferente.
“Será que tudo isso acontece porque ele é quem é? Porque ele se veste como gosta? Porque é negro? Porque é gay? As pessoas julgam o livro pela capa e não querem conhecer a história.”
Mesmo com tudo que já construiu, Camylinha revela que hoje tem medo de sair de casa. Evita ir à escola, onde recentemente sofreu ofensas. “Um menino chegou em mim e disse: ‘pelo menos eu não tenho uma vida de aliciador de menor’… eu só abaixei a cabeça e fui embora. Ninguém imagina o que dói ouvir isso. Principalmente quando você sabe da verdade.”
Ao longo de seu desabafo, fica evidente que Ítalo não foi apenas um amigo, professor ou mentor. Ele ocupou o lugar de pai, de apoio emocional, de segurança em uma fase da vida em que tudo parecia ruir.
“Ele me deu um quarto, me deu autoestima, me deu dignidade. Deu uma casa pra minha mãe. Me tratou com amor. E eu nunca vou esquecer disso. Nunca vou soltar a mão dele.”
Com a voz embargada, vestindo uma camisa com o cheiro de Ítalo, Camylinha diz que hoje vive agarrada às lembranças dos momentos bons, na tentativa de afastar a dor do presente. E mesmo sem saber como ele está neste momento, ela faz uma promessa:
“Não importa o que digam. Deus nos uniu. Só Ele pode separar. E eu creio que Ele não vai separar. Porque o amor de pai que vejo nele é de verdade.”
A sinceridade em suas palavras, a dor em seu olhar e a força com que defende sua história tocaram milhões de pessoas nas redes. Em um país onde o preconceito ainda fala mais alto que a empatia, Camylinha surge como um grito de resistência, coragem e verdade.
Ela encerra dizendo que confia na justiça de Deus. Que acredita que a verdade virá à tona. E que, apesar de todas as críticas, olhares tortos e julgamentos, ela sabe muito bem de onde veio — e, principalmente, para onde quer ir.
“São dez anos de luta, não são dez meses. Dez anos passando por tudo junto com ele. E hoje, mesmo com medo, mesmo com dor, eu continuo de pé. Porque se eu cheguei até aqui, foi com fé. E é com fé que vou continuar.”
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