Após quase três décadas à frente do principal telejornal do país, William Bonner anunciou sua saída do Jornal Nacional, em uma despedida carregada de emoção e significado. A decisão, embora surpreendente para muitos, foi fruto de um planejamento cuidadoso que vinha sendo construído há anos — e revela muito mais do que apenas uma mudança de cargo. Marca o encerramento de uma era.

Bonner deixará a bancada em novembro de 2025, encerrando um ciclo de 29 anos como apresentador e 26 como editor-chefe do telejornal mais influente do Brasil. Em 2026, ele assume um novo papel no Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg, numa fase mais tranquila da carreira.
No discurso de despedida, transmitido ao vivo, Bonner falou abertamente sobre os motivos que o levaram a tomar essa decisão. “Eu sentia que os meus dias só comportavam o que eu precisava fazer, mas não havia mais espaço para o que eu gostaria de fazer”, desabafou. A declaração deixou claro que o jornalista buscava algo que há muito tempo havia perdido: equilíbrio.
Além da rotina exaustiva e do peso das responsabilidades, ele destacou a importância de passar mais tempo com a família — especialmente com os filhos que vivem fora do país. Essa distância, aliada ao cansaço acumulado ao longo de décadas cobrindo os principais acontecimentos do país, pesou na escolha. A decisão, segundo ele, já vinha sendo amadurecida desde 2020, em meio à pandemia.
Bonner não apenas foi a voz por trás das principais notícias que marcaram gerações, como também enfrentou tempestades fora do estúdio. Durante os anos mais intensos de polarização política no Brasil, tornou-se alvo de ataques, ameaças e intimidações vindas de ambos os lados do espectro político. Chegou a ter sua segurança e a de sua família comprometida em diversas ocasiões.
A proximidade de mais uma eleição presidencial, prevista para 2026, pode ter sido o empurrão final para a sua saída. Coberturas eleitorais são, historicamente, os momentos de maior tensão e cobrança na redação. Em um cenário de alta polarização, Bonner teria que, mais uma vez, encarar o desgaste emocional e os ataques públicos que já enfrentou anteriormente. Optar por não estar na linha de frente dessa cobertura talvez seja também uma forma de autopreservação.
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Mas sua saída não significa aposentadoria. Em 2026, Bonner assume o comando do Globo Repórter. Ao lado de Sandra Annenberg, ele passará a apresentar reportagens especiais e documentários com uma abordagem mais leve, mais humana, e com a profundidade jornalística que sempre o caracterizou. Essa transição é, ao mesmo tempo, um recomeço e uma homenagem à sua trajetória.
A chegada de César Tralli ao Jornal Nacional também representa uma mudança importante. Tralli, que há anos já ocupa lugar de destaque no jornalismo da emissora, terá agora a missão de comandar a bancada ao lado de Renata Vasconcellos. Já o cargo de editor-chefe será assumido por uma profissional da própria equipe, garantindo a continuidade do trabalho e da linha editorial construída ao longo do tempo.
A decisão de Bonner nos convida a refletir sobre o preço que se paga por estar constantemente em exposição. Por trás da imagem segura e da fala firme, existia um homem que abdicava diariamente de sua vida pessoal em nome da informação. Durante quase 30 anos, ele foi um dos rostos mais confiáveis do Brasil, e sua presença diária na TV se tornou parte da rotina de milhões de lares.
Agora, ele escolhe um novo caminho. Um caminho onde poderá respirar, visitar os filhos, cuidar de si e ainda assim contribuir com o jornalismo — de outra maneira, talvez até mais profunda.
O adeus de Bonner à bancada do Jornal Nacional é mais do que uma mudança de apresentador. É o fim de um ciclo histórico. É também a lembrança de que até mesmo os grandes ícones precisam de tempo, espaço e descanso. E que saber parar, às vezes, é o maior gesto de sabedoria que alguém pode ter.
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